Estudo mostra como a bolsa de valores dos EUA reagiu às guerras. Levantamento do Yubb mostra que período mais longo de recuperação foi após a Guerra do Vietnã.
O S&P 500 é o índice das ações mais representativas listadas na Nyse e na Nasdaq, e tem operado negativamente desde o início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. A baixa não é uma novidade, já que de acordo com o buscador de investimentos Yubb, é esperado que aconteça durante conflitos.
Queda do indicador em períodos de guerra
O estudo considerou 12 momentos da história desde 1957, ano da criação do S&P 500. O indicador estadunidense já enfrentou quedas significativas, sendo a maior delas no ano de 1990, durante a Guerra do Golfo, com uma baixa de 20,22%.
Na pesquisa foram consideradas as reações iniciais do mercado financeiro a cada conflito. Entretanto, os intervalos considerados foram distintos, visto que em alguns casos antes mesmo dos conflitos armados, as sequências de ameaças já interferiram nas bolsas.
Confira a reação do S&P 509 às guerras relatadas na pesquisa da Yubb:
1959- Guerra do Vietnã: -14,62%
1962- Crise dos Mísseis em Cuba: -9,00%
1990- Guerra do Golfo: -20,22%
1992- Guerra da Bosnia: -3,21%
1998- Guerra do Kosovo: -2,20%
1999- 2° Guerra na Chechênia: -10,57%
2001- 11 de Setembro: -12,85%
2001- Guerra do Afeganistão: -2,56%
2003- Guerra do Iraque: -5,53%
2008- Guera Russo-Georgiana: -1,92%
2014- Invasão na Criméia: -6,01%
2022- Guerra da Ucrânia: -7,62%
Tempo de recuperação do índice
De acordo com o estudo, os períodos de recuperação mais longos para o S&P 500 voltar a sua normalidade foram da Guerra do Vietnã, que precisou de 1.017 dias e da Guerra do Golfo, que se recuperou em 211 dias.
Com os dados da Guerra da Ucrânia ainda em aberto, a Guerra de Kosovo foi a que o índice se recuperou mais rápido, levando apenas 4 dias, seguida da Guerra Russo-Georgiana, com 7 dias para a recuperação.
S&P 500 e o conflito Rússia x Ucrânia
Nos últimos tempos o S&P 500 enfrentava preocupações referentes a alta da inflação nos EUA, além do início do processo da alta de juros para os estadunidenses. Diante de uma realidade conturbada, o conflito entre Rússia e Ucrânia acabou por pressionar o índice que havia alcançado um patamar histórico no início do ano, caindo mais de 11%.