Após uma recente paralisação em virtude da gravidade da pandemia da Covid-19, a temporada de cruzeiros no Brasil está prevista para retornar no dia 7 de março. A liberação contou com o aval do Ministério da Saúde, possibilitando que os tripulantes voltem à todo o vapor para as embarcações.
Em meio à ânsia para o retorno às atividades habituais deste setor, especialistas avaliam ser uma atitude positiva, que será capaz de contribuir para a economia regional e nacional.
Na oportunidade, o economista Luciano Simões explica a relevância da retomada dos cruzeiros em virtude da dinâmica que envolve não apenas os tripulantes, mas uma série de empresas e prestadores de serviços terceirizados.
“Mesmo que a temporada tenha sido interrompida, podemos estimar que o potencial econômico da retomada chegue a, no mínimo, R$ 1 bilhão, pois a temporada geralmente vai até abril”, ponderou.
De acordo com o economista, este mercado tem o poder de gerar cerca de 35 mil empregos diretos e indiretos. Isso porque, a região do litoral paulista é focada no turismo e comércio, razão pela qual uma parte da arrecadação poderá alavancar a economia local.
Neste sentido, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) realizou um estudo sobre os efeitos econômicos dos cruzeiros. Assim, foi possível observar que cada navio gera um impacto aproximado de R$ 350 milhões, mostrando o quanto a região tem a ganhar com essa retomada.
É importante ressaltar que até o dia 7 de março, todos os navios operantes em cruzeiros na temporada atual da costa brasileira cumprem o período de suspensão enquanto permanecem ancorados no porto de Santos. É o caso do MSC Seaside, Splendida, Preciosa, Costa Diadema e Fascinosa.
Agora, assim que os cruzeiros retornarem, será preciso que cumpram todas as exigências sanitárias impostas pelo governo. Assim, a apresentação do passaporte da vacina será necessária, bem como a testagem de todos os passageiros e tripulantes antes de subirem à bordo do navio.
E não para por aí, será obrigatória a testagem de, pelo menos, 10% das pessoas presentes no navio no decorrer da viagem, sendo que todos devem fazer uso constante de máscaras faciais de proteção.
Em nota, a Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros (Cila), disse que o tema ainda não foi integralmente definido. Isso porque, a princípio, a instituição havia determinado uma suspensão voluntária das atividades até a data do dia 4 de março.
Esta suspensão gera um constante com a “evolução positiva nos Estados Unidos, onde as autoridades de saúde reconhecem a eficácia dos protocolos da indústria de cruzeiros”, declarou.
A associação completou afirmando trabalhar em nome da MSC Cruzeiros e da Costa Cruzeiros com o objetivo de alinhar junto às autoridades do Governo Federal, Anvisa, Estados e Municípios, as interpretações e aplicações dos protocolos de segurança sanitária aprovados em novembro, início da atual temporada.