Conflito entre EUA e Rússia deve afetar a economia do Brasil. Na última semana, o presidente Jair Bolsonaro foi até Moscou para debater com o presidente Vladimir Putin. Em meio a uma tensão política entre os países Europeus, o chefe de estado brasileiro fez pronunciamentos que pode ampliar a inflação nacional. Entenda.
A última viagem internacional de Bolsonaro irá gerar um impacto direto no bolso do brasileiro. Após falar que era solidário à Rússia, o presidente ampliou sua impopularidade e recusa com os Estados Unidos, de modo que se distancie ainda mais das políticas fiscais elaboradas pelo país.
Bolsonaro dificulta relação com os Estados Unidos
Antes mesmo de viajar, Bolsonaro foi orientado por sua equipe para se manter pacífico entre o conflito do EUA com a Rússia. No entanto, como era de se esperar, o brasileiro fez o oposto, afirmando que o Brasil era solidário à Rússia, de modo que ampliasse a ira dos EUA.
É válido ressaltar que desde as eleições de Joe Biden, em derrota a Donald Trump, a aliança entre o Brasil e o EUA está abalada. Bolsonaro é claramente contra a gestão do atual líder americano, de modo que tenha sido o último chefe de estado do G20 a reconhecer sua vitória.
“Não (temo reação). O Brasil é um país soberano. Sim, tivemos informações de que alguns países não gostariam que o evento se realizasse, que o pior poderia acontecer com nossa presença aqui. Entendo a leitura do presidente Putin, que ele é uma pessoa que busca a paz. E qualquer conflito não interessa a ninguém no mundo“, afirmou Bolsonaro durante sua viagem.
Impactos na economia nacional
Diante dos pronunciamentos de Bolsonaro, é de se esperar que o valor do barril do petróleo supere os US$ 100, podendo chegar a US$ 120. Isso implica dizer que uma nova pressão inflacionária afetará toda a cadeia produtiva nacional, principalmente no que diz respeito ao preço dos combustíveis.
Além disso, a inflação deve se manter em alta, justo no momento em que estava começando a recuar. Inicialmente, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tinha informado que o pico inflacionário seria em abril, porém agora ele deve se manter durante todo o primeiro semestre desse ano.