Eleições 2022: para Moro, reformas de Guedes não sairão; confira justificativa

Eleições 2022 ampliam o debate sobre mudanças na administração pública. Nessa semana, em evento realizado em São Paulo, o ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) informou não acreditar na aprovação das reformas propostas pelo governo Bolsonaro. De acordo com ele, o ministro da economia, Paulo Guedes, vem sendo sabotado pelo presidente Jair Bolsonaro. Entenda.

O ano de eleição presidencial chegou e com isso é de se esperar que sejam ampliados os debates sobre a atuação do governo federal. Candidato para o cargo de chefe da república, o ex-juiz Sérgio Moro vem se pronunciando sobre a gestão de Bolsonaro. De acordo com ele, o atual gestor vem sabotando a aprovação das reformas econômicas, propostas por Guedes.

Moro crítica atuação de Bolsonaro

Durante um debate organizado pelo BTG Pactual, Moro falou sobre a validação da reforma administrativa, que objetiva acabar com a estabilidade dos novos servidores públicos. A proposta, elaborada por Paulo Guedes, estaria sendo boicotada por Bolsonaro para favorecer seus aliados políticos.

“A agenda do Paulo Guedes pode ser uma, mas a do presidente é outra. Paulo Guedes é liberal, mas está em governo iliberal. Mesma situação de quando eu estava no governo. Minha agenda era anticorrupção, entendo que sofro resistência no Congresso, mas se o ministro não tem apoio, mas sabotagem, não consegue nem começar. Foi meu caso com agenda anticorrupção e do Paulo Guedes com reformas”, disse Moro.

O ex-juiz enfatizou ainda que de nada adianta o ministro da economia propor alternativas para o desenvolvimento do país, se seu chefe não acompanhar o andamento da sua agenda. Além disso, alegou que o texto da reforma administrativa é “ruim”. “É fingir que vai fazer reforma administrativa.”

Moro segue candidato em 2022

Sobre sua tentativa para o cargo de presidente da república, atualmente Moro está em terceiro lugar nas pesquisas. O primeiro nome aprovado pela população, sem a necessidade de segundo turno, é do petista Luiz Inácio Lula da Silva. Porém, ainda assim, o ex-juiz alega que não irá desistir.

A gente precisa realmente se unir. Acho que isso é urgente. Eu faria isso [retirar a candidatura para unificar a terceira via] de bom grado. Agora, o que a gente está vendo nas pesquisas, a minha pré-candidatura, eu estou em terceiro lugar desde que me coloquei nessa posição de pré-candidato. Então não faz sentido eu abdicar de minha pré-candidatura, se ela é a com maior potencial para vencer esses extremos. Mas a gente tem que falar com bastante humildade.”

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.