É possível consultar ‘dinheiros esquecidos’ de pessoas falecidas?

Banco Central anuncia plataforma para consulta financeira. Se você deseja resgatar alguma quantia da conta de um parente falecido, fique atento. O Sistema de Valores a Receber (SVR), gerenciado pelo BC, permite a retirada de recursos esquecidos nas instituições bancárias. O procedimento é gratuito. Saiba como utiliza-lo, abaixo.

Muitas pessoas se questionam sobre a permanência de algum valor esquecido em suas contas bancárias ou a de familiares. Em caso de falecimento, por exemplo, é preciso contactar cada instituição financeira para entender o saldo do parente que se foi. Porém, no novo serviço do Banco Central, o resgate pode ser feito pela internet.

Detalhes sobre o SVR

Trata-se de uma plataforma virtual que permite consultas sobre a situação financeira dos cidadãos. Ela está disponível na internet e pode ser acessada por qualquer pessoa.

“A pessoa consegue com o CPF e a data de nascimento essa informação [saber da existência de dinheiro esquecido]. O que estamos discutindo internamente e procurando é a viabilidade jurídica e técnica para dar mais informações para esse herdeiro”, afirmou Carlos Eduardo Gomes, chefe do Departamento Institucional do Banco Central.

“O BC está estudando o assunto e, em breve, pretende divulgar informações sobre esse caso em específico”, acrescentou.

Como consultar?

A consulta deve ser feita através do número do CPF, para pessoas físicas, e CNPJ, para empresas. Além disso, exige-se também a data de nascimento ou de criação da empresa. Repassados os dados, basta confirmar a pesquisa e aguardar o resultado.

Quem estiver com alguma quantia para receber, terá exibido na tela o valor exato do montante e pode agendar a data da transferência. Os repasses serão iniciados a partir do dia 7 de março.

O que é válido como dinheiro esquecido?

A contabilidade financeira será feita levando em consideração os seguintes informes:

  • Contas correntes ou poupança encerradas com saldo disponível
  • Tarifas cobradas indevidamente, desde que previstas em Termos de Compromisso assinados pelo banco com o BC
  • Parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que previstas em Termos de Compromisso assinados pelo banco com o BC
  • Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários de cooperativas de crédito
  • Recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.