Nesta terça-feira (15), o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou o dia com crescimento de 0,82%, aos 114.828 pontos. O desempenho positivo foi favorecido pela redução nas tensões envolvendo a Ucrânia e a Rússia.
Este foi o sexto dia consecutivo de aumento na Bolsa brasileira. Isso acontece ainda diante da procura dos investidores estrangeiros por ações descontadas em mercados emergentes.
Das 92 ações do Ibovespa, 66 tiveram alta. Apesar disso, as ações de maior peso do índice, Petrobras e Vale, fecharam em queda. A performance negativa acontece em meio à pressão negativa das commodities no exterior.
De qualquer modo, no acumulado semanal, o Ibovespa registra variação positiva de 1,11%. No ano, o principal índice da B3 já acumula valorização de 9,55%.
Nesta terça, a performance positiva também foi observada nas bolsas globais. Nos Estados Unidos, os principais índices de ações superaram as quedas observadas nos últimos dias. A Nasdaq, S&P 500 e Dow Jones valorizaram, respectivamente, 2,53%, 1,58% e 1,22%.
Na Europa, também houve cenário favorável. O indicador Euro Stoxx 50, que segue 50 das principais companhias da região, apresentou crescimento de 1,95%.
Redução nas tensões envolvendo a Ucrânia e a Rússia favorece Bolsa de Valores
Os investidores demonstraram alívio com a notícia de que parte das tropas russas, que se exercitavam perto das fronteiras ucranianas, passou a se retirar. Isso ocorre após dias de alertas britânicos e norte-americanos de que Moscou poderia invadir a Ucrânia a qualquer momento.
Em blog, Dan Kawa, CIO da TAG Investimentos, alega que os ativos de risco têm apresentado movimento considerável de tomada de risco. Ele declara que ainda será preciso lidar com este risco por algum tempo.
Contudo, Kawa informa que é normal estimar que, caso seja confirmado o recuo do exército da Rússia, existe algum prêmio de risco a ser consumido.
Vale ressaltar que o risco de confronto não foi eliminado totalmente. Ainda existem exercícios militares da Rússia nas fronteiras com o país vizinho. Apesar disso, Moscou alega nunca ter tido o objetivo de invadir a Ucrânia — mesmo sem explicar o motivo do envio de tropas às suas intermediações.