Ao mesmo passo em que há o desenvolvimento do mercado de ações no Brasil, com cada vez mais companhias listadas em bolsa, o número de informações também cresce. Diante disso, algumas gestoras de fundos quantitativos vêm promovendo uma revolução nos investimentos.
Segundo levantado pelo Valor, existem gestoras de fundos quantitativos que têm desenvolvido uma nova estratégia de gestão. Estes usam programação computacional para “varrer”, consolidar e definir padrões. Desse modo, essas empresas podem montar carteiras de ações e multimercado.
Os fundos quantitativos “puros” usam modelos matemáticos e estatísticos para “estudar” a performance das ações. Os algoritmos — ou robôs — realizam o levantamento de informações e construção de modelos.
Assim, esse robô calcula a probabilidade de certo ativo ter a maior e melhor desempenho no mercado. Geralmente, maior do que a média do referencial adotado.
A revolução nos investimentos por meio dos robôs
Como novidade, surgiram os fundos chamados de “quantimentals” — junção de quantitativo com ‘fundamental’, fundamento em inglês. Sendo assim, além de utilizar estatísticas e performance passado dos ativos, os fundos ainda usam dados e informações da tradicional análise fundamentalista.
O grande diferencial é que a análise é realizada pelo robô. Este algoritmo tem a capacidade de processar muitos dados.
Essa estratégia ainda possui o diferencial de retirar o “fator emocional” que impacta em situações de euforia ou de pânico — especialmente no mercado de ações.
Desmistificando os robôs
Ao Valor, a analista de fundos do BTG Pactual, Juliana Machado, afirma que essa estratégia de gestão significa “abordar a análise fundamentalista que os investidores já conhecem no mercado por meio de algoritmo”.
Segundo ela, o algoritmo realiza a leitura dos relatórios de análise, dos dados que as empresas divulgam na plataforma da B3 e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Sendo assim, a analista argumenta que em vez de alguma analista realizar esses procedimentos, um ‘robô’ colherá as informações e transformar em dados.
Juliana destaca a necessidade de desmistificar que existe um robô que age por conta própria — e que, em certo momento, cometerá algum erro.
A analista declara que é importante esclarecer para o investidor que o robô foi configurado e programado por seres humanos. Para desenvolver um algoritmo eficiente, é necessária uma equipe bastante qualificada.
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