Desde a autorização pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) do uso dos autotestes de Covid-19 no país, a agência já recebeu cerca de 50 pedidos de registro de produtos. Até a última quarta, 9, nove pedidos foram negados por conta da falta de documentos, fornecidos pelos laboratórios interessados em vender os produtos no Brasil.
As farmácias e drogarias do pais tem grande expectativa para começar a vender o produto. Desde o começo da pandemia, o setor fez mais de 15 milhões de testes. No exterior, os autotestes já são usados a bastante tempo. No entanto, em território nacional, algumas perguntas ainda pairam a respeito de quantos as vendas devem começar de fato.
Na visão do CEO da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto, a maior questão não é somente a aprovação da Anvisa, mas também os gastos com importação dos insumos (dolarizados) e de logística que irando se refletir no valor que estará nas gôndolas.
“Precisamos receber algumas propostas para entender qual é economicamente mais viável. Nós estamos ainda no escuro porque esperamos o registro”, disse em entrevista ao Exame.
A entidade representa as grandes redes de farmácias do Brasil. Em quantidade de lojas, são 10% do mercado, com 8.900 lojas, porém, em faturamento, corresponde a cerca de 50% das vendas, com R$64 bilhões de faturamento por ano.
Segundo estimativas de Barreto, a partir do próximo mês os autotestes devem estar disponíveis para toda a população por um preço que gira em torno entre R$50 e R$60, para o valor ficar menor do que é atualmente.
Exterior
Nos EUA, o Centro de Controle de Doenças (CDC) autoriza a venda deste tipo de teste em farmácias como parte de uma política de ampla testagem da população. O teste é disponibilizado de forma gratuíta em várias parte do país.
A entidade de saúde dos Estados Unidos diz que o uso dos autotestes é uma das formas adotadas de redução de risco e que também é aconselhada pelo governo, assim como a vacinação, o uso de máscaras e o distanciamento social.