Iniciativas disponibilizam moradias a preços acessíveis em SP; conheça

São Paulo apresenta um dos maiores déficits habitacionais do país. Ao todo, cerca de meio milhão de moradias seriam necessárias para atender a demanda por uma habitação digna para a população paulistana.

Algumas iniciativas tentam mudar essa realidade. É o caso da Fica, associação sem fins lucrativos que atua em diferentes frentes para melhorar a situação habitacional na capital.

Uma das frentes é a aquisição de apartamentos na região central, que são reformados e alugados por um valor mínimo de R$ 360. Os moradores são escolhidos em parceria com associações beneficentes e de luta por moradia, como o Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos.

Outra iniciativa da Fica é o Compartilha, por meio da qual os imóveis são colocados para moradia coletiva, sendo uma alternativa para os tradicionais cortiços.

As ações da associação são custeadas por um fundo, mantido com doações regulares, mas também pela cobrança de taxas já embutidas nos alugueis. Além disso, alguns imóveis utilizados foram doados ou financiados a juros baixos por empresas, por uma motivação social.

Por fim, a Fica também atua através do FicaLab, voltado para a incubação de outras iniciativas semelhantes pelo Brasil, que visem diminuir o déficit habitacional e prover moradia de qualidade para famílias de baixa renda.

Algumas empresas também oferecem alugueis a preços mais acessíveis através do retrofit, técnica em que se revitaliza imóveis antigos com poucas intervenções na estrutura.

É o caso da startup Yuca, que administra 400 apartamentos em regiões centrais de São Paulo, sendo que 10% deles são habitações de interesse social. Todas as despesas do apartamento são cobradas em um boleto único, que pode chegar, no máximo, a R$ 2.700.

Iniciativas da Prefeitura de São Paulo

Em julho do ano passado, o prefeito Ricardo Nunes sancionou o Requalifica Centro, que oferece incentivos fiscais para quem fizer o retrofit no Centro de São Paulo. Entre os benefícios estão a isenção de IPTU por três anos após a conclusão da obra, redução para 2% da alíquota de ISS e isenção de ITBI.

A prefeitura também vem lançando seus próprios projetos para solucionar a questão do déficit habitacional. Um exemplo é o programa Pode Entrar, que deve destravar a construção de 14 mil moradias do antigo Minha Casa, Minha Vida.

Através do Pode Entrar, a prefeitura dará subsídio na aquisição de imóveis, atuará como fiadora através de uma Conta Garantidora e regulará habitações com fins sociais. Além disso, será feita a aquisição de imóveis antigos para serem usados como habitação de interesse social.

Amaury NogueiraAmaury Nogueira
Nascido em Manga, norte de Minas Gerais, mora em Belo Horizonte há quase 10 anos. É graduando em Letras - Bacharelado em Edição, pela UFMG. Trabalha há três anos como redator e possui experiência com SEO, revisão e edição de texto. Nas horas vagas, escreve, desenha e pratica outras artes.