Investir em startups? Plataforma que possibilita isto movimentou mais de R$ 10 mi em dezembro

Você já imaginou investir em uma nova Amazon? Imagine investir R$ 1.000, e, daqui alguns anos, ver esse valor ter um crescimento gigantesco. Este é o atrativo que faz investidores olharem, cada vez mais, para as chamadas startups.

O que são startups

A palavra startup vem do inglês, e significa “começar algo novo”. Esta palavra acabou sendo muito utilizada no mundo empresarial, para se referir a empresas jovens de base tecnológica. 

Do ponto de vista legal, aqui no Brasil, uma empresa se enquadra como startup se tiver faturamento de até R$ 16 milhões ao ano e que tenha até 10 anos de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas. 

Uma grande característica das startups é o desenvolvimento de modelos de negócios inovadores e que possibilitam crescimentos exponenciais, o que faz a possibilidade de crescimento ser maior. Existem vários casos marcantes, como Uber, iFood, Airbnb, Nubank.

Uma característica das startups está em relação ao seu modelo de financiamento. Grande parte delas acaba buscando capital junto à investidores anjos ou fundos de investimento. Uma marca importante para estas empresas é a de unicórnio, que significa que o mercado às avaliou em mais de US$ 1 bilhão.

Equity Crowdfunding

Se você pensa que apenas grandes investidores podem investir em startups está enganado. A partir do modelo de Equity Crowdfuding, pequenos investidores se juntam para poder investir num formato coletivo.

A expressão é formada pelas palavras equity, que se refere à participação societária em empresas, e crowdfunding, que se refere à captações coletivas (mesma expressão utilizada para as vaquinhas online).

Isto é possível a partir de plataformas que realizam esta intermediação. Elas selecionam as melhores startups, que estão em busca de capital, e, disponibilizam os projetos para os investidores analisarem e investirem, caso tenham interesse. 

No Brasil, a CVM regulamenta este tipo de investimento a partir da Instrução Normativa 588. Por se tratar de um investimento de maior risco, o investidor tem um limite para fazer as aplicações na categoria, que fica na faixa de R$ 10 mil.

CapTable

Uma das principais plataformas para investimentos em Equity Crowdfunding aqui no Brasil é a CapTable. Ela foi criada em 2018 e faz parte da StartSe.

O investimento mínimo na plataforma é de 100 ações da startup. Com isso, em muitos casos, com R$ 1.000 já é possível investir.

O investidor tem dois cenários:

  • Após 5 anos, a startup investida vira uma empresa SA, e o investidor escolhe se quer receber ações ou se seu capital investido de volta corrigido por 100% CDI;
  • Se a empresa quebrar o investidor perde o valor, mas não fica com a dívida.

O mês de dezembro foi marcante para a CapTable, pois a plataforma movimentou cerca de R$ 10,62 milhões, em 5 rodadas de investimento. As captações encerradas em dezembro foram para as startups Datasales, Finansystech, Capital Empreendedor, Beeva e E-Comprei.

Trata-se do melhor mês da história da CapTable. Como comparação, em dezembro de 2019, primeiro ano de operação da plataforma, houve uma captação de R$ 649.000,00. Já em 2020, foram duas captações que somadas foram de R$ 1.530.500,00. Ou seja, dezembro de 2021 registrou um crescimento de 592% quando comparado com dezembro de 2020.

A tendência é que este modelo de investimentos continue crescendo e que, cada vez mais, pessoas possam se tornar sócias de startups inovadoras e com grande potencial de crescimento.

Entre na comunidade do FDR e receba informações gratuitas no seu Whatsapp!

Victor Barboza
Meu nome é Victor Lavagnini Barboza, sou especialista em finanças e editor-chefe do FDR, responsável pelas áreas de finanças, investimentos, carreiras e negócios. Sou graduado em Gestão Financeira pela Estácio e possuo especializações em Gestão de Negócios pela USP/ESALQ, Investimentos pela UNIBTA e Ciências Comportamentais pela Unisinos. Atuo no mundo financeiro desde 2012, com passagens em empresas como Motriz, Tendere, Strategy Manager e Campinas Tech. Também possuo trabalho acadêmicos nas áreas de gestão e finanças pela Unicamp e pela USP. Ministro aulas, cursos e palestras e já produzi conteúdos para diversos canais, nas temáticas de finanças pessoais, investimentos, educação financeira, fintechs, negócios, empreendedorismo, psicologia econômica e franquias. Sou fundador da GFCriativa e co-fundador da Fincatch.