O atacante Diego Costa teve o sigilo bancário de contas na Espanha quebrado por pedido da Justiça Federal de Itabaiana, em Sergipe. Essa ação faz parte de um processo que investiga uma suposta ligação entre o atacante, ex-Atlético-MG, com uma casa de apostas que está sendo investigada por evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
O jogador não teria conseguido explicar a sua ligação com a empresa Esportenet e por isso a solicitação foi feita.
De acordo com o Globo Esporte, o jogador afirmou em depoimento que sua ligação com a empresa era apenas como cliente. Apesar disso, Diego não soube informar qual seria seu login e senha para acessar a conta.
Segundo a PF, a movimentação financeira entre Diego e os integrantes do grupo que estão no comando da empresa é incompatível com a versão.
A suspeita da PF é de que Diego estaria atuando como financiador da empresa, que tem sede em Aracaju, Sergipe. Nos outros depoimentos, a PF ouviu que parte dos recursos enviados para fora do país envolvia a compra de criptomoedas, o que poderia mascarar o envio de dinheiro para forma do país de forma ilegal.
Um dos sócios da Esportenet é Reinan Nascimento dos Santos, dono de um clube de futebol na cidade de Lagarto e membro familiar do ex-jogador da seleção da Espanha e do Atlético-MG. Em 2021, a PF deflagrou duas operações com mandados de busca e apreensão em endereços ligados à empresa.
Nelas, cerca de R$13 milhões foram apreendidos. O valor seria, segundo as investigações, fruto de ação criminosa.
Saída do Atlético
No início do ano, Diego Costa pediu a rescisão de contrato com o Atlético-MG. Mas, isso não atrapalha, em tese, as investigações.
Mesmo que ele deixe o país, a PF afirma que ele já prestou as informações necessárias nesta fase das investigações. O atacante está, neste momento, sem clube e, segundo pessoas ligadas a ele, consultadas pelo blog, o atleta está no Brasil.
Os advogados do atleta divulgou uma nota:
“A defesa técnica do atleta Diego Costa acompanha de perto o desenrolar das investigações relativas à Operação Distração, no exercício da ampla defesa, aguardando os próximos passos e resultados das diligências, sempre à disposição para colaborar com a busca da verdade real, por meio do devido processo legal.
Quanto ao pedido de quebra de sigilo bancário internacional, nesse momento, a defesa nada tem a declarar, eis que que a medida cautelar não lhe traz surpresa alguma, sendo, portanto, apenas uma fase seguinte no cronograma investigativo, que tem o propósito de confirmar as declarações prestadas pelo jogador à Polícia Federal, após ele ter informado ao delegado que abriria mão dos seus sigilos.
Com efeito, vale informar que a quebra internacional de sigilo demanda uma burocracia considerável, passando por diversos órgãos dos governos e justiça dos dois países envolvidos.
Portanto, a defesa segue a mesma linha, firme no propósito de demonstrar que o craque nunca foi financiador ou teve qualquer outra ligação com o site de apostas investigado, que não seja a de consumidor, na qualidade de apostador.
No mais, a defesa aguarda os resultados das novas diligências determinadas, a fim de se posicionar sobre estes, oportunamente.”