Natal de 2021 não superou as expectativas de venda. Uma pesquisa elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o comércio varejista teve uma queda de 0,1% no mês de dezembro. Mesmo com as ações de desconto de fim de ano, o cenário não foi otimista para esse segmento. Entenda.
Os lojistas não tiveram um bom retorno do natal de 2021. Dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) relevam que o segmento ficou abaixo das expectativas de venda. Um dos principais motivos tem sido os impactos econômicos do novo coronavírus, tendo em vista a atual realidade de crise.
Levantamento no varejo
Apesar da queda de 0,1%, os lojistas ainda conseguiram um crescimento de 1,4% em comparação com o ano de 2020. É válido ressaltar, no entanto, que no primeiro ano da pandemia os centros de compra ficaram de portas fechadas.
“Como o primeiro semestre de 2020 foi marcado pelo início da pandemia de covid-19 no Brasil, com o fechamento do comércio durante vários meses em boa parte do país, a base de comparação para o primeiro semestre de 2021 era baixa e, portanto, o crescimento nesse período era esperado. Já a segunda metade de 2020 foi marcada pela retomada das atividades, enquanto que o mesmo período de 2021 não teve tanta força para o volume de vendas no varejo”, explicou, em nota, o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.
Setores em queda
O levantamento apontou ainda quais foram os segmentos mais afetados, sendo eles: móveis e eletrodomésticos (-19,4%), livros, jornais, revistas e papelaria (-9,7%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-8,6%), combustíveis e lubrificantes (-3,1%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,6%).
Com relação a retração de vendas, quatro tiveram maior destaque: livros, jornais, revistas e papelaria (-16,9%), móveis e eletrodomésticos (-7,0%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,6%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,0%).
“A atividade de móveis e eletrodomésticos teve queda também na passagem de novembro para dezembro (-17,6%). A atividade registra sete meses consecutivos de resultados negativos na comparação interanual, tendo exercido o maior impacto (-1,8 ponto percentual) no total do varejo para o ano. A perda de 7% com relação ao ano de 2020, inverte a trajetória de alta (10,6%) registrada na passagem de 2019 para 2020 com relação a 2019”, afirmou Santos.