Maior parte dos novos investidores da bolsa de valores tem renda de até R$ 5 mil

A bolsa brasileira, B3, está cada vez mais povoada por pequenos investidores. A redução na idade média das pessoas físicas presentes na bolsa fez com que os pequenos investidores começassem a dominar e atualmente, 56% dos clientes da B3 possuem uma renda mensal de até R$5 mil e só aplica R$50 no primeiro aporte.

Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), alertou que como este novo perfil reúne investidores que sentirão falta do dinheiro perdido num momento de baixa no mercado, a diversificação da carteira com opções de renda fixa e variável se faz necessária. 

“O investidor precisa separar apenas aquele recurso que sabe que não vai fazer falta e entender quais são seus objetivos de curto, médio e longo prazo”, disse o especialista à CNN Brasil.

Isto pois, além do incentivo oriundo dos bancos e corretoras, uma quantidade grande de produtores de conteúdo sobre renda variável já vem capitalizando o nicho de jovens investidores.

Felipe Paiva, diretor da B3 encarregado do relacionamento com clientes e pessoas físicas, disse que a bolsa está ligada neste movimento e vem tentando deixar claras as regras do investimento.

“Muitos estão investindo para aprender. A ideia é mostrar que esse investimento é de longo prazo e não é uma corrida de 100 metros”, disse.

Reclamações 

Existe uma parcela de investidores que não conhecem as regras do mercado. Entre as dúvidas mais comuns a respeito de encargos na compra de ações, estão a taxa de corretagem, prática esta que quase inexiste no país, e também a cobrança por custódia dos papéis.

Outro fator que tem feito os investidores formalizar um pedido de ressarcimento é a liquidação compulsória. Este é um mecanismo não muito conhecido entre os novos investidores que permite que as corretoras zerem as posições dos clientes quando um determinado patamar de perdas é batido.

Recorde 

A B3 bateu recentemente o patamar de 5 milhões de investidores, sendo que deste total, 2 milhões adquiriram sua primeira ação no decorrer dos últimos 12 meses. A expectativa é  que este ritmo seja mantido e que mais pessoas físicas entrem na bolsa.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.