Projeção da inflação de 2022 sobe para 5,44%; aumento é positivo ou negativo para economia?

Inflação nacional se mantem em alta deve afetar o bolso da população. Nessa semana, os dados do Relatório Focus mostraram que a previsão inflacionária permanece acima do esperado pelo Banco Central. Isso implica dizer que a instabilidade financeira e crise econômica permanecerá ao longo do ano. Acompanhe.

As últimas notícias econômicas não são positivas para o brasileiro. O relatório Focus relevou que a inflação permanece se afastando do teto determinado para este ano, em torno de 5%. As últimas previsões do governo apresentavam uma média de 5,38% para 5,44%, no entanto, há um mês atrás o indicativo tinha sido estabelecido em 5,03%.

O que significam os números da inflação?

O indicativo é contabilizado para poder mediar o poder de compra e venda da população nacional. Inicialmente, o Banco Central esperava uma inflação anual de 3,50% com tolerância de 2,0% a 5,0%. No entanto, o número passou por reajustes consecutivos, agravando a situação financeira do país.

Somente nos últimos 5 dias, foi possível registrar 46 alterações na mediana inflacionária de 2022. O número vem variando de 5,45% para 4,50%. Já em 2023, a previsão é de 3,50% sendo contabilizadas 41 novos reajustes pelo BC.

O que a inflação significa em meu bolso

De modo geral, quanto mais alta a inflação, maior é o valor que você vem pagando em produtos. Desde o início da pandemia, por exemplo, mediante o clima de instabilidade política e econômica, o valor dos alimentos veio crescendo consideravelmente. Ou seja, a população vem perdendo o poder de compra.

No entanto, não há um aumento no salário do trabalhador. A inflação afeta diretamente a taxação de produtos e serviços, mas não implica na evolução financeira do cidadão. Teoricamente, ao fazer o reajuste do salário mínimo o governo precisa avaliar os indicativos da inflação e o IPCA, no entanto, eles não são consideráveis efetivamente.

Estudos do Dieese revelam que atualmente para uma família brasileira de quatro pessoas se manterem é preciso ter uma renda em torno de R$ 5 mil. Essa realidade, porém, não pode ser vivenciada por parte significativa da população que vem lutando contra o desemprego e a informalidade nas suas áreas de atuação.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.