Eleições podem impactar negativamente economia brasileira; entenda

Neste ano, as eleições podem impactar negativamente a economia brasileira. Em relatório, a agência Moody’s declara que as pressões por gastos, em meio à proximidade das eleições em outubro, podem prejudicar os esforços de consolidação fiscal.

Eleições podem impactar negativamente economia brasileira; entenda
Eleições podem impactar negativamente economia brasileira; entenda (Imagem: Montagem/FDR)

Na avaliação da Moody’s, as contas do setor público consolidado no país devem ficar negativas em 2022. Neste ano, a agência estima um déficit primário de 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB) — em meio à projeção de desaceleração para a atividade no Brasil.

Vale destacar que, em 2021, o país encerrou o ano com superávit primário de 0,7% do PIB.

Segundo a Moody’s, mesmo que o grande desempenho fiscal de 2021 irá apoiar o perfil de crédito do país, há uma expectativa de que o custo de vida aumente novamente em 2021. A agência também estima que o déficit primário volte, por conta do baixo crescimento.

O cenário considera uma perspectiva de desenvolvimento de 0,6% do PIB neste ano. Este percentual está acima da mediana indicada no último boletim Focus, de 0,3%.

Diante do financiamento da dívida mais caro — por conta do aperto monetário nacional —, a agência prevê que o déficit nominal do setor público chegue a 5,9% do PIB em 2022. Neste panorama, a Moody’s considera que os riscos eleitorais podem pressionar o país.

Banco Central alega que economia brasileira pode ser afetada em ano eleitoral

Segundo Banco Central, o risco fiscal com a implantação de políticas que provoquem elevação de gastos, em ano eleitoral, pode pressionar a inflação — e manter o aumento da taxa de juros na economia local.

A declaração faz parte da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada nesta terça-feira (8). Na reunião mais recente, a autoridade monetária elevou a taxa Selic para 10,75% ao ano. Mesmo que em ritmo menor, o BC indicou que continuará aumentando a Selic.

No entendimento do Comitê, existe risco de desancoragem das estimativas no longo prazo. Isso acontece por conta das incertezas no panorama fiscal. Com isso, há a necessidade de uma política monetária mais contracionista.

O mercado financeiro estima que, para o fim deste ano, a taxa básica de juros chegue a 11,75% ao ano.

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Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.
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