Salário médio de admissões tem queda em 2021; confira valores

Média salarial para o trabalhador brasileiro apresenta queda diante do atual cenário de crise econômica. Nessa segunda-feira (31), o governo federal liberou o relatório de empregabilidade referente ao ano de 2021. De acordo com o documento, o salário médio real de admissão ficou em R$ 1.921,19. Entenda o reajuste e valor por categoria no texto abaixo.

Quem conseguiu trabalhar de carteira assinada no ano de 2021, provavelmente se deparou com um reajuste salarial abaixo da média. Segundo um levantamento feito pelo próprio Ministério do Trabalho e da Previdência, o salário médio real de admissão ficou abaixo do indicativo contabilizado em 2020.

Reajustes indicam aperto de contas para o cidadão

Em 2020, a média do salário de admissão foi de R$ 2.000,26. Já em 2021, esse valor ficou em R$ 1.921,19, levando em consideração os reajustes do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) que é impactado pela atual inflação.

Isso significa dizer que em um ano foi possível contabilizar uma redução de R$ 79,07, ou de 3,95%. É válido ressaltar que desde 2016 o país não tinha registrado um encolhimento na remuneração média do mercado de trabalho.

De acordo com os dados presentes no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em dezembro, o salário médio de admissão ficou em torno de R$ 1.793,34, o que resulta em uma queda real de R$ 115,85, ou de 6,07%, em comparação com o mesmo período de 2020 (R$ 1.909,19).

Segmentos mais afetados

O relatório aponta ainda os setores que tiveram os maiores reajustes. Para quem atua na área de serviços, o corte foi de -5,16%. Já na construção a mudança foi de 4,70%, no grupamento comércio e reparação de veículos (3,37%) e na agropecuária (3,01%). O setor menos afetado foi o de indústria (-1,54%).

Com relação aos valores, a média inicial de salário pagos para quem atua com serviços de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas foi de R$ 2.175.

Já a categoria registrada por meio dos serviços domésticos recebeu aproximadamente R$ 1.410 e de alojamento e alimentação R$ 1.445,21. De modo geral, o balanço atesta que atualmente a população está precisando receber menos para poder conseguir uma vaga no mercado de trabalho.

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.