Eleições 2022: quais são os planos dos pré-candidatos em relação à Petrobras?

Durante este ano, período de eleições, o destino da Petrobras deve entrar na agenda dos presidenciáveis. Diversos pré-candidatos tem se posicionado sobre a política de preços e a privatização da companhia. Entenda quais são os planos dos pré-candidatos em relação à Petrobras.

Eleições 2022: quais são os planos dos pré-candidatos em relação à Petrobras?
Eleições 2022: quais são os planos dos pré-candidatos em relação à Petrobras? (Imagem: Motangem/FDR)

A discussão sobre os rumos da Petrobras deve acontecer frequentemente entre os candidatos à presidência. Atualmente, o atual presidente Jair Bolsonaro tem sido questionado diante do aumento considerável dos combustíveis.

Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a gasolina aumentou, em média 46,5% nos postos do país. O diesel teve alta de 45,6%. Já o botijão de gás elevou 35,8% no período.

Conforme estimativa do Goldman Sachs, a cotação do barril do petróleo — que impacta diretamente os valores da Petrobras — deve chegar à marca de US$ 100 no terceiro trimestre.

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Quais são os planos dos pré-candidatos em relação à Petrobras

Segundo apurado pelo Valor, com base em declarações dos pré-candidatos, estas são as respectivas perspectivas sobre a Petrobras:

Bolsonaro já declarou ser favorável à privatização da Petrobras. Contudo, a pauta não teve progresso ao longo do mandato. Ele realiza constantes críticas à política de preços da companhia, atrelada à paridade internacional.

Em 2021, ele enviou ao Congresso um projeto que unifica a alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis. Contudo, a proposta não avançou.

O atual presidente sugere uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que possibilita zerar, temporariamente os impostos federais em situações de alta dos valores dos combustíveis.

Lula declara que as vendas de ativos da Petrobras podem ser revistas, em possível governo. Ele defende que a empresa seja vista como indutora do desenvolvimento da economia. O ex-presidente é contra a atual política de preços dos combustíveis da companhia.

Moro defende que a diminuição dos valores dos combustíveis precisa ser pensada “de forma definitiva sem gambiarras”. Ele recomenda a simplificação da cadeia de impostos do segmento.

O ex-juiz não vê “nenhum problema em privatizar a Petrobras”. Apesar disso, ele entende que o tema precisa ser tratado com base em estudos sobre a eficiência econômica da ação.

Ciro propõe mudar o preço de paridade de importação (PPI) dos combustíveis por uma política de preços que represente uma média entre os custos de produção da empresa e referências internacionais.

Ele defende maior investimento em petroquímica e em refino. O intuito é de diminuir a dependência de importações. Ao mesmo passo, Ciro defende a atuação da companhia em renováveis “sem desperdiçar a imensa riqueza do petróleo”.

O presidenciável é a favor da recompra de ações da empresa pela União, via dinheiro oriundo, dentre outras fontes, dos dividendos da companhia e da criação de imposto sobre exportação de óleo.

Dória é favorável à divisão da estatal em fatias, para privatização, posterior, da empresa em blocos. Ele defende a criação de um fundo com a finalidade de amortecer variações nos valores dos combustíveis — financiado por iniciativa privada.

Silvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.
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