O governo planeja a liberação do autoteste de Covid-19, assim como já acontece em alguns países da Europa. Porém, a população esperava que esses testes fossem distribuídos, gratuitamente, pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Com o autoteste de Covid-19 aquele que estiver com sintomas da doença ou tiver contato com alguma pessoa contaminada poderá, em casa, fazer a testagem. Essa ferramenta já está sendo usada em países da Europa e nos Estados Unidos.
Porém, para a liberação no Brasil é preciso ainda que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprove o uso do autoteste de Covid-19. O órgão afirmou que o governo precisa passar mais dados de como será realizada a coleta dos resultados.
A preocupação da Anvisa é que o autoteste de Covid-19 prejudique na coleta de informações de novos casos da doença, passando uma falsa queda nos números. Assim, o Ministério da Saúde precisa definir como serão coletados esses dados e repassado para o sistema.
No dia 19, a Anvisa decidiu adiar a discussão sobre a autorização do autoteste no Brasil, pedindo mais dados ao Ministério da Saúde. A pasta informou que novas informações foram enviadas ao órgão. Diante disso, nesta sexta-feira será realizada a reunião da diretoria colegiada da agência.
Mesmo sem a aprovação do autoteste, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse na última quinta-feira (27) que, caso aprovado pela Anvisa, a ferramenta não será distribuída gratuitamente para a população.
Assim, os autotestes só estarão disponíveis para a compra em farmácias para aqueles que tiverem interesse em adquirir. Segundo o ministro, essa ferramenta tem como objetivo facilitar o acesso ao teste de covid-19, agilizando o “acompanhamento do ritmo da pandemia” e ajudando no controle da doença.
Por enquanto, o Ministério da Saúde se concentra na vacinação de crianças entre 5 e 11 anos. Além disso, outra preocupação da pasta é na aplicação da segunda dose e da dose de reforço, “especialmente nas regiões onde a cobertura está mais baixa”, declarou Queiroga.
Sobre a vacinação em crianças, o ministro pediu que os pais ou responsáveis busquem “a recomendação prévia de um médico antes da imunização”. Essa orientação tem gerado polêmica entre autoridades da saúde que afirmam que a aplicação da vacina nesse grupo deve acontecer de forma generalizada.