Nubank cai para 3ª colocação dos bancos mais valiosos da América Latina; confira quem ultrapassou

Em dezembro do ano passado, impulsionado pela entrada na Bolsa de Valores, o Nubank se tornou o banco mais valioso da América Latina. No entanto, após quedas das ações, observadas nas últimas semanas, o Nubank já vale menos do que dois grandes bancos tradicionais.

Atualmente, as ações da fintech estão 17,5% abaixo do estabelecido na oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), em dezembro. Na oferta, a empresa vendeu as ações a US$ 9.

Nesta terça-feira (25), o papel era cotado a US$ 7,42 na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). A cotação máxima da ação do Nubank foi de US$ 11,85 — alguns dias após a estreia. Em comparação a este pico, a desvalorização chega a 37,4%.

Há duas semanas, o Nubank já tinha sido ultrapassado pelo Itaú. Agora, foi a vez do Bradesco superar o banco digital em valor de mercado.

No fim da sessão desta terça, o Nubank estava sendo avaliado em US$ 33,46 bilhões. O valor de mercado do Bradesco era de US$ 34,32 bilhões. Já o Itaú foi avaliado em US$ 38,9 bilhões.

Mercado aguarda balanço trimestral do Nubank

Depois do IPO, o mercado passa a se atentar os resultados do quatro trimestre do Nubank. A fintech ainda não relevou quando publicará os números — que serão os primeiros da instituição como companhia aberta.

Nesta quarta-feira (24), em relatório, o Itaú BBA, estimou que a finteh terá lucro de R$ 203 milhões no período. No entanto, há a previsão de que o banco digital encerre 2021 com uma perda de R$ 326 milhões.

O total estimado de clientes é de 53,4 milhões. Ao fim de setembro do ano passado, o Nubank contava com 48,1 milhões de clientes.

Na avaliação do analista do Itaú BBA, Pedro Leduc, a redução vista nas últimas semanas pode ter relação com a junção das expectativas do investidor para os papéis da fintech e o cenário de mercado.

Ele declara que um panorama mundial mais adverso para as ações de crescimento tira o investidor do papel. Com isso, resta apenas o local, “e aí entra a perspectiva para o desempenho”. De modo geral, a casa prevê um ano desafiador para os bancos digitais locais.

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Silvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.