- A conta Covid foi um conjunto de empréstimos de quase R$ 15 bilhões repassados em 2020 e 2021 às distribuidoras de energia;
- Esses empréstimos serão pagos pelos consumidores até 2025, por meio de encargo na conta de luz;
- No total, 61 distribuidoras de energia receberam um total de R$ 14,8 bilhões de crédito emergencial;
A conta Covid foi um conjunto de empréstimos de quase R$ 15 bilhões repassados em 2020 e 2021 às distribuidoras de energia. Esses empréstimos serão pagos pelos consumidores até 2025, por meio de encargo na conta de luz.
A Conta Covid foi um socorro financeiro destinado às distribuidoras de energia e estruturado pelo Ministério da Economia e pelo Ministério de Minas e Energia e aprovado pela agência reguladora em 2020.
No total, 61 distribuidoras de energia receberam um total de R$ 14,8 bilhões de crédito emergencial. O intuito da medida foi ajudar a cobrir o buraco financeiro causado pela queda no consumo de energia e aumento da inadimplência durante a pandemia de Covid-19.
Com esse recurso, os impactos tarifários que seriam repassados aos consumidores puderam ser adiados e parcelados. Com o retorno das atividades econômicas, o custo dos empréstimos passou a ser cobrados dos consumidores desde o ano passado.
O custo está sendo repassado, por meio do grupo de despesas “encargos setoriais”, através do recálculo feito em cada processo de reajuste ou revisão tarifária.
Assim, o preço da conta de luz está mais cara para os consumidores. Por exemplo, a revisão tarifária da Light será de 4,29% em 2022, de acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Conta Covid
As 61 distribuidoras participantes da medida terão 60 meses para quitar o empréstimo recebido, por meio de cotas. Assim, essas farão pagamentos periódicos até 2025. A taxa de juros dos contratos é de CDI (Certidão de Depósito Interbancário) + 2,8% ao ano.
Considerando ainda os custos financeiros operacionais, o total anual é de CDI + 3,79%. Como o CDI varia diariamente, não é possível estipular o valor total que será repassado a cada consumidor. Por exemplo, em 2020 o índice fechou em 2,75%, já no ano passado o acumulado foi de 4,42%.
As instituições financeiras Bradesco BBI, Itaú BBA, BNDES, Santander, Banco do Brasil, Credit Suisse, Citibank, Safra, SMBC, Votorantim, Alfa, JP Morgan, BOCOM BBM, CCB, BTG Pactual e ABC Brasil concederam os empréstimos.
Valor repassado as distribuidoras
Cemig | 1.404.174.596 |
Enel São Paulo | 1.289.232.809 |
Light | 1.326.043.175 |
Copel-D | 869.516,08 |
CPFL Paulista | 830.176,23 |
Enel RJ | 799.489,09 |
Elektro | 614.291,14 |
Celesc | 583.210,78 |
Enel Goiás | 530.357,30 |
Celpa | 524.216,37 |
Coelba | 499.606,64 |
Celpe | 454.718,53 |
Enel Ceará | 452.943,04 |
EMT | 377.984,58 |
CEB | 367.741,99 |
EDP SP | 354.288,09 |
Ceal | 324.633,69 |
Amazonas Energia | 325.489,95 |
SEM | 296.267,67 |
Ceron | 280.799,40 |
CPFL Piratininga | 249.063,80 |
Cemar | 245.221,85 |
RGE | 241.417,60 |
CEEE-D | 228.304,11 |
EDP Espírito Santo | 219.423,40 |
Cepisa | 199.435,82 |
ESS | 97.396,43 |
Cosern | 95.479,15 |
EPB | 86.991,79 |
Eletroacre | 66.323,69 |
CPFL Santa Cruz | 61.246,59 |
Roraima Energia | 60.303,12 |
EMG | 49.948,76 |
ESE | 46.994,67 |
ETO | 36.560,04 |
Coopera | 24.475,11 |
ELFSM | 21.906,10 |
Dmed | 17.357,93 |
Certrel | 16.500 |
Ebo | 13.157,77 |
Sulgipe | 11.925,30 |
Creluz | 7.975,74 |
ENF | 6.963,40 |
Ienergia | 6.891,93 |
Eletrocar | 6.250,84 |
Ceriluz | 5.763,19 |
Chesp | 5.579,55 |
Cegero | 4.793,80 |
Cocel | 3.742,41 |
Hidropan | 3.673,12 |
Cergal | 3.012,84 |
Demei | 2.980 |
Uhenpal | 2.664,10 |
Cerci | 2.410,77 |
Ceres | 2.372,53 |
Cedri | 1.438,99 |
Ceral Anitápolis | 1.078,55 |
Eflul | 874.120 |
Muxenergia | 774.806 |
Ceral Araruama | 602.000 |
Conta de luz mais alta que a inflação
Os repasses de encargos, como do empréstimo da Conta Covid, políticas de subsídios e uso de termoelétricas pesaram na conta de luz. Em 2021, a oscilação foi de 21,21% afetando diretamente no gasto mensal dos brasileiros.
A energia elétrica representou 10,65% da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) no ano passado. Em sete anos, a conta de luz aumentou 137% a mais que a inflação, que foi de 48% durante o mesmo período.
10 dicas para economizar na conta de luz
- Aproveitar a luz natural: evitar ligar as lâmpadas durante o dia enquanto o sol ajuda iluminando naturalmente é uma ótima dica de economia;
- Desligue as luzes dos ambientes ao sair: deixar luzes acesas em um ambiente que não esteja habitado no momento é desperdício. Sendo assim, é bom criar o hábito de apagar as luzes ao sair dos ambientes;
- Tirar os aparelhos eletrônicos da tomada: essa dica além de economizar energia protege os aparelhos de possíveis quedas de energia;
- Opte por lâmpadas de LED: o consumo é bem menor e a duração é três vezes maior que a lâmpada comum;
- Troque eletrodomésticos antigos: geralmente os aparelhos mais novos são mais econômicos, compensando a troca em poucos meses;
- Banhos mais rápidos: o banho quente é responsável pela maior parte do aumento na conta de luz. A dica é tomar banhos mais rápidos;
- Banhos durante o dia: uma forma de economizar ainda mais no banho é, se possível, tomar banho durante dia e optar pela água fria ou, pelo menos, na opção “Verão”;
- Aquecedor: esse aparelho é outro vilão na conta de luz. A dica é usar por pouco tempo ou substituí-lo por cobertas mais quentes ou lareiras, caso possua;
- Boiler elétrico: o aparelho responsável por manter a água da casa tem um consumo de até 346,75 kWh por mês. A dica é desliga-lo nos dias não tão frios;
- Invista em placas solares: além de ser uma opção sustentável e favorável ao meio-ambiente é um investimento que em poucos anos é compensado.