De acordo com o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, a pandemia da COVID-19 não está nem perto de acabar. O alerta foi emitido após rumores, enganosos segundo ele, de que a ômicron seja uma variante “mais leve” do que as outras.
Apenas nesta semana, vários países europeus registraram números expressivos e preocupantes quanto aos novos casos de COVID-19. A França, por exemplo, teve quase meio milhão de novos registros somente na última terça-feira, 18. Enquanto isso, pela primeira vez desde o início da pandemia da Covid-19, a Alemanha registrou mais de 100 mil novas infecções no prazo de 24 horas.
Na Dinamarca, um novo recorde foi batido, com 33.493 novos casos diários de COVID-19 somente na última terça-feira. Em contrapartida, as autoridades de saúde da Itália tomaram conhecimento sobre 228.179 novas infecções em um dia, contra 83.403 no dia anterior.
Na oportunidade, o chefe da OMS concedeu uma entrevista coletiva em Genebra, na onde evidenciou as 18 milhões de infecções provocadas pela ômicron na última semana, agravando o quadro da pandemia da COVID-19 por todo o mundo.
Ainda que as consequências da ômicron não sejam tão graves quanto às das demais variantes do novo coronavírus, muitas pessoas, até mesmo alguns especialistas têm feito a narrativa de que ela é uma doença leve.
“Não se engane, a ômicron está causando hospitalizações e mortes, e mesmo os casos menos graves estão enchendo as unidades de saúde”, reforçou Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Neste sentido, foi emitido um alerta aos líderes globais quanto à influência da rápida propagação da ômicron que, certamente resultará no surgimento de novas variantes. Por esta razão, o rastreamento e a avaliação da pandemia da COVID-19 permanecem cada vez mais críticos.
A preocupação também se estende ao baixo índice de vacinação em determinados países, aumento o risco de contaminação pelo novo coronavírus e outras doenças graves que, além de sequelas, podem levar à morte devido à falta de imunização.
No entendimento do diretor de emergências da OMS, Mike Ryan, o aumento exponencial dos casos, independentemente da gravidade das variantes individuais, resulta em um aumento inevitável de hospitalizações e mortes, evidenciando a gravidade do atual quadro da pandemia da COVID-19.