A vacinação de crianças contra Covid-19 começou na maioria das capitais no último fim de semana, logo após o recebimento das primeiras doses pediátricas da Pfizer. Prefeituras e governos estaduais, no entanto, afirmam que os estoques são insuficientes para atender os grupos anunciados e que, por esse motivo, a vacinação pode ser interrompida.
Na madrugada da quinta-feira (13), o avião com o primeiro lote, com 1,248 milhão de vacinas, chegou ao Brasil pelo Aeroporto de Viracopos, em Campinas. No mesmo dia, começaram os repasses para estados e municípios. E, no domingo, foi a vez do segundo lote desembarcar, com mais 1,248 milhão de doses infantis.
O acordo entre o governo federal e a Pfizer prevê a entrega de 20 milhões de imunizantes até o fim de março. Estima-se que haja 20,5 milhões de crianças entre 5 e 11 anos no Brasil, o que significa que elas só têm a primeira dose garantida nos primeiros 3 meses do ano.
Para janeiro, a Pfizer prometeu a entrega de 4,314 milhões de doses, sendo que o terceiro e último lote do mês só deve chegar no dia 24, com as últimas 1,818 milhões de vacinas. Isso seria o suficiente para vacinar com primeira dose apenas 21% do público de 5 a 11 anos.
Municípios e estados reclamam da quantidade de vacinas
As quantidades garantidas pelo governo federal para estados e municípios não têm agradado. Muitos relatam que as remessas são insuficientes para atender os grupos já anunciados.
O secretário de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, afirmou que o lote de 64 mil doses enviado ao município é baixo e, que por conta disso, a vacinação pode ser interrompida.
No Rio de Janeiro, a prefeitura informou que as 33 mil doses recebidas só garantem a vacinação até hoje e que outras 33 mil doses são necessárias para cumprir o cronograma da semana.
A prefeitura de Florianópolis (SC) afirma que o seu estoque deve acabar em breve e que apenas 5% do total necessário para vacinar o público entre 5 e 11 anos foi entregue.
Como saber a situação na sua cidade
A vacinação no Brasil é feita de forma descentralizada, sendo organizada por estados e municípios. Após a entrega das doses infantis pelo Ministério da Saúde para os estados, os municípios aguardam a entrega pelas autoridades estaduais para iniciar a vacinação.
As capitais e cidades maiores são priorizadas e recebem mais vacinas, em menor tempo. Logo, a vacinação costuma começar primeiro nessas cidades.
Para saber exatamente quando começa e como será feita a vacinação de crianças no seu município é preciso aguardar o informe da secretaria de saúde, que normalmente é divulgado no site da secretaria ou da prefeitura.