Passaporte da vacina será obrigatório para locais fechados? Veja o que esperam os brasileiros

Uma recente pesquisa realizada pelo Datafolha mostrou que 81% da população brasileira é a favor da obrigatoriedade do passaporte da vacina em locais fechados. O documento reúne todas as doses da vacina contra a Covid-19 já tomadas pelo cidadão, comprovando sua imunidade e aptidão ao trânsito livre. 

Se a obrigatoriedade do passaporte da vacina for implementada em locais fechados, o documento passará a ser exigido em escritórios, bares, restaurantes, casas de shows, entre vários outros. A diferença de 18% se posicionou contra a exigência do comprovante de vacinação, enquanto 1% não soube se posicionar. 

No levantamento, também é possível observar o aumento na percepção da população de descontrole da pandemia em meio ao avanço dos casos de Covid-19 no Brasil, impulsionados pela rápida disseminação da ômicron desde o seu surgimento em novembro. O levantamento foi realizado via ligação telefônica entre os dias 12 e 13 de janeiro, com a participação de 2.023 brasileiros com 16 anos de idade ou mais. 

Vale mencionar que a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, seja para mais ou para menos. É importante mencionar que o questionamento considerou uma obrigatoriedade no âmbito nacional, pois vários estados, municípios e setores econômicos já adotaram a medida como iniciativas individuais.

Destacando que um forte opositor à obrigatoriedade do passaporte da vacina é o presidente da República, Jair Bolsonaro, que inclusive ainda não se imunizou contra o vírus. Vale lembrar que no final do ano passado, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse não ser possível exigir o comprovante de vacinação em universidades e institutos federais. 

Logo em seguida, o ato foi suspenso pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. Agora, o Datafolha mostra que o grupo mais favorável a tal comprovação são as mulheres, com 87%, seguido de adultos com 60 anos de idade ou mais também com 87%, brasileiros com o ensino fundamental completo em 86% e, por fim, trabalhadores que recebem até dois salários mínimos em 85%.

Enquanto isso, o maior índice de rejeição perante a obrigatoriedade do passaporte da vacina foi observado entre os homens na margem de 24%, pessoas de 25 a 34 anos em 22%, e trabalhadores que recebem mais de dez salários mínimos em 28%.

No que compete à região mais favorável à comprovação está o Sudeste com 84% e na outra ponta a região Sul com 75% equivalentes à rejeição contra a exigência deste documento. 

Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.