O avanço no número de infecções e hospitalizações por Covid-19, causado pela variante ômicron, está obrigando estabelecimentos e instituições de todo o país a regredir nos planos de abertura. Algumas universidades federais suspenderam as atividades presenciais e outras estudam adotar medidas semelhantes.
Na última quinta (6) a Reitoria da UFRJ, no Rio de Janeiro, determinou a suspensão de atividades presenciais (exceto as essenciais) até 31 de janeiro. A instituição estava funcionando de modo parcialmente presencial, com aulas práticas no campus. Foi informado, ainda, que o retorno do semestre letivo, programado para o dia 2 de fevereiro, fica mantido.
Na sexta (7), foi a vez da UFSC (Santa Catarina) suspender as atividades presenciais, mas por tempo indeterminado. O retorno dos servidores administrativos, à exceção dos que fazem parte do grupo de risco, estava programado para a segunda-feira (10).
A instituição esclareceu que a medida foi tomada devido às “notícias de aumento de casos de Covid-19 e superlotação das unidades públicas e privadas de saúde”.
No mesmo dia, a Universidade Federal de Lavras (UFLA), em Minas Gerais, decidiu interromper as aulas presenciais da graduação entre os dias 10 e 29 de janeiro, devido ao aumento no número de casos de Covid-19 no município. Lavras registrou 340 novos casos em apenas cinco dias. De acordo com a instituição, o calendário letivo do primeiro semestre de 2022 não será prejudicado.
Ainda no Rio de Janeiro, a Unirio e a UERJ também anunciaram cancelamento das atividades presenciais, exceto as consideradas essenciais, até o fim do mês.
Situação em outras universidades
Outras universidades pelo Brasil também estão em alerta e podem anunciar medidas semelhantes em breve. Algumas, como a UFRGS (Rio Grande do Sul), a UnB (Brasília), a UFPE (Pernambuco) e a UFG (Goiás), estão com retorno às aulas presenciais programado para este mês e devem deliberar nos próximos dias.
A USP (São Paulo), a UFBA (Bahia) e a UFMG (Minas Gerais) têm retorno planejado para o fim do primeiro semestre e podem anunciar mudanças conforme a pandemia evoluir.
Impactos da ômicron
A ômicron já é considerada a variante predominante no Brasil, mas seu real impacto ainda é desconhecido, devido à instabilidade no sistema de dados do Ministério da Saúde e à escassez de testes. Mesmo assim, unidades de saúde de todo o país relatam um aumento expressivo no número de hospitalizações nas últimas semanas.