- Inflação oficial do último ano atingiu os 10,06%
- Inflação prejudica poder de compra do brasileiro
- Opção de investimento pode proteger o dinheiro
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta terça, 11, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A inflação oficial do último ano atingiu os 10,06%, o que significa que o custo dos alimentos e produtos cresceram esse percentual, em média.
Em decorrência da escassez de chuvas, a safra da cana de açúcar puxou os preços do etanol (62,23%) e do açúcar refinado (47,87%). O preço do café também foi impactado pela seca (50,24%).
Outros combustíveis, juntamente com o etanol, também elevaram a inflação. A gasolina ficou 47,49% mais cara e o preço do óleo diesel cresceu 46,04%. Os combustíveis ficaram, em média, 49,02% mais caros no último ano.
Uma questão relevante é que o preço dos combustíveis acabam refletindo em outros produtos através do transporte, criando um efeito cascata. Os derivados do petróleo estão em alta por conta do dólar, que atualmente está em R$5,65. O Brasil produz petróleo de alta densidade e importa petróleo refinado.
A energia elétrica é outro ponto importante que impacta a inflação, uma vez que ela integra a produção de uma grande variedade de itens. A conta de energia cresceu 21,21% em 2021.
O IPCA também é composto do gás de cozinha, que se tornou o grande vilão do ano. O botijão de gás de 15 quilos teve o preço aumentado em 36,99% e o gás encanado 28,49%. Como forma de ajudar a população que vive em extrema pobreza, o governo federal e de alguns estados criaram um vale gás para a compra do botijão.
Uma cesta de itens é considerada para o cálculo do IPCA. Também foram divulgadas pelo IBGE as mercadorias que registram os maiores aumentos nos preços. Veja:
- Etanol: 62,23%
- Café Moído: 50,24%
- Mandioca: 48,08%
- Açúcar refinado: 47,87%
- Gasolina: 47,49%
- Óleo diesel: 46,04%
- Pimentão: 39,16%
- Açúcar cristal: 37,55%
- Mudança: 37,09%
- Gás de botijão: 36,99%
- Mamão: 36,01%
Como proteger o dinheiro da inflação? Opção de investimento pode ajudar
A inflação corrói o poder de compra do consumidor, uma vez que o dinheiro vale cada vez menos. Os produtos e serviços que consumimos vão ficando com preços cada vez mais elevados, sendo necessário cada vez mais dinheiro para adquirí-los.
Aplicar dinheiro em opções de investimentos que seguem a inflação é a melhor forma de proteger o seu patrimônio, o deixando valorizado no médio e longo prazo.
E nesta linha, uma boa alternativa que cabe no bolso de grande parte dos brasileiros é o Tesouro IPCA, um título de renda fixa emitido pelo Tesouro Nacional.
Os títulos públicos são a modalidade de investimentos mais popular e segura do país. Na prática, o investidor empresta dinheiro ao governo e no vencimento, ele recebe o valor com acréscimo de juros.
Rendimento acima da inflação
O único título público que garante um rendimento acima da inflação, conhecido como rendimento real, é o Tesouro IPCA.
Nesses títulos, a rentabilidade é híbrida, uma vez que eles combinam uma parte do rendimento pós-fixada e outra parte prefixada.
A parte pós-fixada segue a variação da inflação, medida pelo IPCA. Por sua vez, a parte prefixada é determinada na hora da aplicação. Desta forma, o investidor fica sabendo exatamente quanto irá receber de rendimento fixo. A parte fixa é o rendimento real, isto é, o ganho acima da inflação que assegura que o seu dinheiro não perderá valor.
As taxas pré-fixadas destes títulos estão acima dos 5% ao ano, atualmente.
Fique ligado: a taxa contratada somente é paga no vencimento. Se o investidor resgatar o dinheiro antes, ele pode receber uma taxa diferente, que pode ficar acima ou abaixo do combinado.
Títulos IPCA disponíveis
São oferecidas duas modalidades de títulos atrelados à inflação pelo Tesouro Nacional:
- Tesouro IPCA+: nesta modalidade, o investidor recebe o valor aplicado e todo o rendimento acumulado no vencimento do título
- Tesouro IPCA+ com juros semestrais: já nesta modalidade, a cada seis meses o investidor recebe o valor do rendimento acumulado no período, que é chamado de cupom.