Real desvalorizou em 2021, porém não foi a pior das moedas; confira ranking

O Real desvalorizou bastante em 2021, porém, a situação de nossa moeda não foi a pior de todas. A Lira Turca foi a moeda mais desvalorizada do mundo no último ano, registrando uma queda de 27% em comparação com o dólar, de acordo com um levantamento realizado pela provedora de dados financeiros Economatica. No segundo lugar do ranking da desvalorização, aparece o peso argentino com uma queda de 17%.

O real ficou na 12ª colocação do ranking que considerou 25 moedas. A queda do real perante o dólar foi de 6,88%.

Moedas mais desvalorizadas 

  • Turquia 

A moeda do país despencou no último ano com o dólar crescendo mais de 37% em cima da lira. A cotação ficou em mais de 10 liras por dólar, contra 7,36 um ano antes.

A crise cambial acompanhou a interferência do presidente turco, Tayyip Erdogan, sobre a política monetária da Turquia. O banco central turco deu a ordem de cortar os juros, dando prioridade o crédito e as exportações e deixando estabilidade da moeda em segundo plano.

Os turcos também vem enfrentando os efeitos da crise em suas finanças. De acordo com dados do Instituto de Estatísticas da Turquia divulgados nesta segunda, 3, a inflação anual do país bateu recorde em 19 anos no mês passado. Os preços ao consumidor dispararam 36,08%.

  • Argentina 

2021 também não foi um ano favorável para o peso argentino que se tornou a segunda moeda mais desvalorizada do mundo no ano. 

Enfrentando um cenário de economia frágil, o país tem sido encarado novamente com desconfiança pelo mercado, enquanto simultaneamente, continuam as tentativas de negociações com o FMI (Fundo Monetário Internacional) em torno de uma dívida de cerca  de US$ 40 bilhões, que o país não consegue pagar.

  • Brasil

No último ano, o dólar cresceu mais de 7% sobre o real e fechou o ano sendo vendido em torno de R$5,58. A moeda teve uma volatilidade forte sobre o real. Em 9 de março, atingiu a máxima nominal de R$ 5,79. Já o pico de baixa em 2021 foi registrada no dia 24 de junho, quando o dólar fechou em R$ 4,90.

As preocupações com a variante ômicron, perspectivas de aumentos de juros nos Estados Unidos, e o baixo ritmo de recuperação da crise estão entre os problemas enfrentados pelo Brasil.

Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.