Mesmo com Auxílio Brasil, perfis nas redes sociais fazem campanha contra Bolsonaro

Pontos-chave
  • PoderData do Ipec e Datafolha, divulgou uma pesquisa indicando a preferência de votos para Lula;
  • Por que os eleitores não se mostraram tão favoráveis a uma possível reeleição de Bolsonaro?;
  • O único período em que a popularidade de Bolsonaro aumentou foi na criação do auxílio emergencial.

Ao que tudo indica, o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) vai precisar usar muito do seu carisma para conseguir se reeleger nas eleições de 2022. Isso, se sua candidatura depender do favoritismo do público mais jovem e atento as redes sociais. Mesmo com a criação do Auxílio Brasil, sua popularidade ainda é baixa.

Em dezembro, o PoderData do Ipec e Datafolha, divulgou uma pesquisa indicando a preferência de votos para o candidato Luís Inácio Lula da Silva (PT). Entre 40% a 48% das intenções de votos dos 3 mil entrevistados.

Enquanto que Bolsonaro fica com 21% e 30% do eleitorado. A pesquisa foi realizada via telefone em 494 cidades brasileiras.

No entanto, não é apenas nestas pesquisas que podemos encontrar a disputa assídua entre os dois nomes mais populares da política brasileira: Bolsonaro e Lula.

No Twitter, por exemplo, rede social em que há troca de mensagens, ao soar meia noite muitos dos textos para o ano novo de 2022 vieram com mensagens contra o atual presidente. E mais, defendendo a candidatura de Lula.

Algumas das manifestações foram:

 

Claro que não apenas de apoiadores de Lula é que se vive o Twitter, outros que são a favor da candidatura e permanência do atual presidente também fizeram suas manifestações.

Polêmicas do atual presidente

Mas afinal, por que os eleitores não se mostraram tão favoráveis a uma possível reeleição de Bolsonaro? Entre tantas outras explicações, como por exemplo o posicionamento individual de cada cidadão, algumas atitudes do presidente ao longo do mandato provocaram grandes polêmicas.

Entre elas, o seu posicionamento negacionista quanto a gravidade da pandemia de Covid-19, quando por várias vezes o presidente disse que a doença não se passava apenas de uma “gripezinha”.

Inclusive, uma mensagem de Jair foi transmitida em rede nacional afirmando que não havia motivo para histeria. Que as pessoas atléticas passariam facilmente pela Covid-19, e que tudo estava sob controle.

Acontece que até o momento mais 619 mil pessoas já faleceram de Covid-19, entre elas, homens e mulheres jovens e com histórico saudável. Ou seja, as afirmações do presidente não tinham embasamento científico.

Segundo dados do CNI/Ibope, o único período em que a popularidade de Bolsonaro aumentou foi na criação do auxílio emergencial. Em setembro de 2021, 40% do eleitorado acreditava que o governo era ótimo ou bom.

O auxílio pagou parcelas entre R$ 150 a R$ 1,200, a depender do ciclo e do perfil do beneficiário. O fim do pagamento emendou com a criação do Auxílio Brasil, este que iniciou em novembro do último ano e colocou fim ao Bolsa Família. 

Acontece que outras atitudes do presidente chatearam e revoltaram a população brasileira. A mais recente foi a falta de posicionamento de Bolsonaro quanto as graves chuvas que atingiram a Bahia e Minas Gerais.

Os estados registraram mais de 30 mil desabrigados em dezembro, com 31 mortes e 277 municípios em situação de emergência. Quando, nesta ocasião, o presidente tirava férias no litoral de Santa Catarina e não prestou solidariedade presencialmente aos governos estaduais atingidos.

A situação revoltou muitos dos brasileiros, não apenas os moradores dos estados atingidos como a população de uma forma geral. Principalmente, quando o presidente negou ajuda da Argentina afirmando que a situação estava sendo controlada pelo próprio Brasil.

Projetos de Bolsonaro para conquistar eleitores

Uma lista de especialistas já afirmaram que o Auxílio Brasil, que deu fim ao Bolsa Família, foi uma estratégia política de Bolsonaro para conquistar as classes C e D. São justamente os mais vulneráveis que demonstram mais proximidade com a candidatura de Lula, devido ao histórico assistencial do ex presidente.

Além de criar esse novo programa com parcelas de R$ 400, o atual governo ainda deu início ao: vale gás, inclusão automática na Tarifa Social, criação do Casa Verde e Amarela, e incentivo com reajuste salarial aos policiais.

Por enquanto não dá para saber se essas atitudes serão suficientes para bancar a candidatura neste ano de 2022, mas com certeza serão parte da campanha do presidente para buscar mais votos.

 

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Lila Cunha
Autora é jornalista e atua na profissão desde 2013. Apaixonada pela área de comunicação e do universo audiovisual. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: [email protected]