Parceria com feirantes possibilita doações de alimentos para famílias sem renda em SP

Em cenário de crise econômica, população de São Paulo recorre aos feirantes em busca por alimentação. Nessa semana, mães e alunos do CEU (Centro Educacional Unificado) Alvarenga foram até um centro comercial, no bairro Pedreira, pedir por doações. O movimento deve acontecer em outras regiões da cidade. Saiba como ajudar.

O fim do ano chegou e com ele milhares de brasileiros deverão sentir os impactos da atual crise econômica. Em São Paulo, a população está indo até as feiras livres pedir por doações de frutas, verduras e legumes. A ação faz parte de um projeto do Conselho de Pais do escolão e objetiva beneficiar os mais pobres.

Feirantes contribuem com doações

Pais e alunos do CEU foram até a feira livre aguardar o fim das vendas para pedir doações dos alimentos que não foram comercializados. De acordo com eles, todas as arrecadações serão repartidas entre as famílias dos alunos que neste momento enfrentam dificuldades para sustentar as casas.

Os feirantes estão apoiando o projeto a partir do diálogo feito com os organizadores. Em entrevista ao UOL, Fernanda Machado, mãe de alunos do CEU, atual líder do conselho, afirmou que se trata de uma medida temporária para sanar a fome.

“Buscamos alguma forma de amenizar o problema. Como não temos verbas, pensamos em fazer essa ponte entre quem pode doar e quem precisa receber“, explicou.

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Durante o processo de entrega, os professores estão ajudando os pais a colherem todos os alimentos e fazerem as divisões. A ação espera beneficiar ao menos 40% das famílias da escola, priorizando aquelas em maior situação de vulnerabilidade social.

Famílias contempladas

Faxineira sem carteira assinada, Rosenilda Demacena, de 45 anos, afirma que as doações foram um alívio porque “ajuda a colocar comida na mesa”. A equipe de reportagem do UOL acompanhou o processo de entrega dos alimentos, ouvindo os contemplados.

“Na pandemia foi muito difícil, porque antes aparecia mais trabalho e eu conseguia fazer até R$ 400 por semana [limpando casa]. Agora não chego a fazer isso no mês”, contou Rosenilda.

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
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