Do movimento estudantil à presidência do Chile; conheça mais sobre Gabriel Boric, novo presidente eleito

Eleições do Chile marca a volta de um governo de esquerda. Neste domingo (19), o ex-líder estudantil, Gabriel Boric, assumiu o cargo de presidente do país. Aos 35 anos, o político tem sua carreira marcada pela militância e atuação nos movimentos sociais, defendendo o direito das mulheres, meio ambientes e mais. Acompanhe.

Depois de três décadas em um governo de centro e direita, vivenciando ainda os reflexos da ditadura de Augusto Pinochet, em 1990, o Chile volta a ter um líder de esquerda. Aos 35 anos, Gabriel Boric foi eleito o presidente do país, sendo referência na liderança dos protestos pela igualdade em 2019.

Militância ativa de Gabriel Boric

Apesar de jovem, o novo presidente tem uma vasta carreira no campo político. Gabriel liderou móvitos sociais em prol da liberdade e igualdade. É líder da Frente Ampla, representando parte da sociedade que deseja mudanças profundas.

Entre as bandeiras defendidas por ele, está o reajuste de pensões, educação e saúde para os chilenos. Além disso, deixa claro que o objetivo de sua gestão é transformar o país em um Estado social, enfatizando sua luta a favor do ambientalismo e do feminismo.

Previsões sobre a nova gestão chilena

Diante de toda a campanha eleitoral trabalhada nos últimos meses, espera-se que o governo de Boric trabalhe em prol do avanço da social-democracia, como acontece na Europa. Isso significa dizer que o estado passará a desempenhar um papel mais importante e diretamente ativo na garantia dos direitos básicos a população.

Entre as propostas anunciadas em seu discurso, estão: a reforma do sistema de pensões, reforma tributária parar elevar em até 8% o PIB em seis a oito anos, elevar o salário mínimo para 500 mil pesos chilenos (520 euros) e recuperar as pequenas e médias empresas.

Além disso, seu governo ainda espera aplicar um imposto patrimonial, o que impactará em apenas 11 mil pessoas, ou seja, 0,1% da população, visando aumentar “cerca de 1,5% do PIB”.

É válido ressaltar que Boric não conta com o apoio significativo do empresariado, devido a sua priorização as classes menos favorecidas. Ainda assim, apresenta expectativas de um novo período político para os chilenos.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.