Chapa Lula-Alckmin: Políticos se encontram e dão indícios fortes de união nas Eleições 2022

Pontos-chave
  • Eleições 2022 começam a apresentar possíveis chapas;
  • Lula retoma campanha como principal opositor de Bolsonaro;
  • Alckmin deve assumir cargo de vice-presidente do petista.

Candidaturas para as eleições de 2022 começam a ser estrategicamente elaboradas. Neste domingo (19), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, em jantar de fim de ano do grupo Prerrogativas. O evento contou com a participação de diversos outros políticos que defendem a chapa entre os gestores. Entenda.

Chapa Lula-Alckmin: Políticos se encontram e dão indícios fortes de união nas Eleições 2022 (Photo by Andressa Anholete/Getty Images)
Chapa Lula-Alckmin: Políticos se encontram e dão indícios fortes de união nas Eleições 2022 (Photo by Andressa Anholete/Getty Images)

O presidente Jair Bolsonaro deve enfrentar uma forte oposição em 2022. Com a liberação política, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve se candidatar para ocupar o maior cargo de cheia do país. Referencia nacional por seu governo com forte atuação social, ele vem dialogando com o centro para garantir a aceitação de seu mandato.

Lula e Alckmin como chapa em 2022

Há diversas especulações onde o petista aparece como candidato a presidência e seu vice será Geraldo Alckmin. Desse modo, é possível que a chapa dialogue não só com a esquerda, fortemente aliada a Lula, como também traga a força dos partidos do centro, a partir do ex-governador de São Paulo.

É válido ressaltar que no último dia (15), Alckmin anunciou sua saída do PSDB. Diante de tal movimentação partidária, começou-se a questionar o futuro do político que deve ocupar o cargo de vice presidente.

Em entrevista, ao ser questionado sobre a aliança com Lula, ele alegou que o momento é de reflexão. “Agora é hora de ouvir bastante, se conversar bastante, hora de grandeza política, hora de espírito público. Vamos aguardar”, afirmou ao G1.

Já Lula, durante o evento, garantiu que seu nome nas eleições de 2022 não é algo definitivo. “Ainda não defini minha candidatura porque estou com muito juízo“, disse”. “Eu sei da minha responsabilidade quando eu definir minha candidatura”.

Durante seu discurso, foi questionado sobre Alckmin, que até o momento está sem partido definido. “Quem vai dizer se a gente pode se juntar ou não é o meu partido e o dele“, afirmou.

Lula falou ainda sobre desavenças do passado, afirmando que o momento é de mudanças políticas no país que se encontra em crise. “Não importa se no passado trocamos ‘botinadas'”.

Lula ameaça reeleição de Bolsonaro

De acordo com as últimas pesquisas realizadas pelo instituto Data Folha, o ex-presidente Lula venceria as eleições de 2022 ainda no primeiro turno. Os levantamentos afirmam que cada vez mais Bolsonaro vem perdendo sua popularidade entre o eleitorado.

É válido ressaltar que Lula é conhecido mundialmente por sua forte atuação social.  Em seus dois mandatos, foi o responsável pela ampliação e criação de políticas públicas como o Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Fies, Prouni, entre outros.

O nordestino recebeu homenagens das Organizações das Nações Unidas por tirar o Brasil do mapa da fome, dialogou com bases políticas de diversos países ao redor do globo, reforçando a política internacional em favorecimento do mercado local.

Bolsonaro, até o momento, não anunciou se irá tentar a recandidatura e quem será seu vice. Por quanto, sua principal ameaça, além de Lula, é o juiz Sergio Moro, seu ex-ministro da justiça, com quem vivenciou grande desavença em 2020.

A candidatura de Moro desestabiliza a aprovação de Bolsonaro, uma vez em que divide o eleitorado de direita e extrema-direita. Na contrapartida, Lula busca pela união da esquerda e faz acordo com o centro para garantir a aceitação do empresariado.

Agenda social como estratégia política

Diante da corrida eleitoral, o atual governo vem reforçando as políticas públicas sociais ciente de sua oposição. Bolsonaro anunciou a ampliação do Auxílio Brasil que agora concede mensalidades de R$ 400 para a população mais pobre.

Para 2022, espera-se uma possível renovação do auxílio emergencial. Além disso, foi aprovado também o vale gás, vale merenda e descontos na conta de energia dos mais vulneráveis. No entanto, ainda com tais concessões, as previsões de aceitação de sua gestão permanecem negativas.

Atualmente, mais de 50% dos brasileiros reprovam seu governo. É válido ressaltar que Bolsonaro foi eleito em 2018, ganhando do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.