Prorrogação do auxílio emergencial? Bolsonaro levanta expectativas após envio de PL

Nesta semana, o presidente da República, Jair Bolsonaro, enviou ao Congresso Nacional um Projeto de Lei (PL) que visa a abertura de um crédito extraordinário de R$ 2,8 bilhões. A iniciativa tem o propósito de custear uma nova prorrogação do auxílio emergencial, cujo texto que dispõe sobre o tema ainda deve ser publicado no Diário Oficial da União (DOU) para oficializar as tratativas.

Prorrogação do auxílio emergencial? Bolsonaro levanta expectativas após envio de PL
Prorrogação do auxílio emergencial? Bolsonaro levanta expectativas após envio de PL. (Imagem: FDR)

Em nota, a Secretaria Geral informou que a abertura deste crédito visa incluir uma nova categoria de programação no orçamento vigente. Com o objetivo de viabilizar novamente o auxílio emergencial para a população em situação de vulnerabilidade social continuamente afetada pelos efeitos da pandemia da Covid-19.

Na oportunidade, a pasta informou que este crédito seria financiado pelo cancelamento de dotações orçamentárias. 

O auxílio emergencial foi criado em meados de abril de 2020 como uma maneira de amenizar os impactos socioeconômicos provocados pela crise sanitária que pegou a todos de surpresa.

Desde o princípio, ele atende cidadãos de baixa renda inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), trabalhadores autônomos, Microempreendedores Individuais (MEI), desempregados e beneficiários do Bolsa Família, que agora é o Auxílio Brasil. 

A primeira fase do programa liberou cinco parcelas de R$ 600 e R$ 1.200, sendo a quantia menor para o público geral e a maior direcionada exclusivamente para as mães solteiras chefes de famílias monoparentais.

Posteriormente, o auxílio emergencial foi prorrogado, ganhando mais quatro parcelas que terminaram em dezembro de 2020. Estas tiveram os valores reduzidos para R$ 300 e R$ 600, respectivamente. 

Durante nove meses essa parcela da população pode contar com a segurança de manter, ainda que fosse o mínimo dentro de casa, fosse as despesas com aluguel, luz, água ou alimentação.

O auxílio emergencial atuou como uma espécie de garantia financeira em uma época na qual os impactos da pandemia da Covid-19 eram intensos, resultando no desemprego em massa, corte e redução da renda. 

Foram justamente estes fatores que levaram os beneficiários a clamarem pela prorrogação do programa em 2021, mas somente após três meses de espera eles foram atendidos pelo Governo Federal. Porém, foram surpreendidos por algumas mudanças, sendo a primeira delas o valor do auxílio emergencial, que não se fixou em uma única quantia como nas ocasiões anteriores. 

Este ano, o auxílio emergencial pagou parcelas que variaram entre R$ 150, R$ 250 e R$ 375. Cada quantia foi liberada de acordo com o perfil de cada beneficiário, sendo que os cidadãos que moram sozinhos tiveram direito à quantia mínima de R$ 150. A média de R$ 250 foi paga para os representantes de grupos familiares, enquanto a cota máxima foi direcionada às mães solteiras chefes de famílias monoparentais.

Os valores mencionados foram pagos durante sete meses, sendo que os três últimos, entre agosto e outubro, consistiram na prorrogação de 2021. Muitos cidadãos acreditaram que uma segunda extensão aconteceria ainda este ano, pelo menos, até este mês de dezembro, mas não aconteceu. 

A prorrogação do auxílio emergencial chegou a ser cogitada semanas atrás como uma alternativa caso o Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família que pagou a última parcela em outubro, não se consolidasse.

No entanto, o novo programa social ainda não atende 100% das promessas e diretrizes mencionadas no texto oficial, justificando as investidas do governo por uma nova rodada da transferência de renda a caráter emergencial. 

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Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.