Dívida brasileira fica em R$7,01 trilhões em outubro, diz Banco Central

No mês de outubro, a dívida pública do país permaneceu estável. Foi o que mostrou os dados do Banco Central divulgados hoje, 30. Os dados revelaram que a Dívida Bruta do Governo Geral fechou o último mês em R$7,009 trilhões, respondendo por 82,9% do PIB (Produto Interno Bruto). O resultado comunicado pelo BC é o mesmo do que o registrado em setembro.

A dívida bruta teve uma trajetória de queda entre os meses de março e agosto deste ano, influenciada pela inflação e pela recuperação da economia, mas voltou a crescer em setembro.

No final do ano passado, o percentual da comparação entre dívida e PIB ficou em 88,8%, marcando o recorde histórico e de acordo com projeções do governo. Ao fim de 2021, segundo projeções, a dívida bruta estará em 80,6%.

Em dezembro de 2013, no melhor estágio da série, a dívida bruta atingiu 51,5% do PIB.

A Dívida Bruta do Governo Geral engloba os gastos do governo federal, os governos estaduais e municipais, com exceção do Banco Central e das empresas estatais, e é utilizado como uma das referências para avaliação da capacidade de solvência do Brasil,  por parte das agências globais de classificação de risco.

De forma clara, quanto maior for o tamanho da dívida, maior é a probabilidade de inadimplência do país.

Quando esta situação acontece, o preço das ações tende a cair e o dólar e os juros costumam subir.

Ainda segundo o Banco Central, a Dívida Líquida do Setor Público cresceu de 58,5% para 57,6% do PIB no último mês. A DLSP atingiu R$ 4,865 trilhões. A dívida líquida apresenta valores inferiores que os da dívida bruta por considerar as reservas internacionais do Brasil.

No acumulado de 2021, a dívida bruta do governo acumula uma queda de 5,9 pp em comparação com os níveis registrados em 2020, também em decorrência do crescimento da economia (-10,6 pp) e, em grau inferior, do pagamento de empréstimos tomados pelo governo (-0,4 pp). Ambos os efeitos foram anulados de forma parcial pelo crescimento da despesa com juros (+4,6 pp) e da desvalorização do real (+0,5 pp).

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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