Novo coronavírus deve inviabilizar a realização do carnaval 2022. Nas últimas semanas, governos e prefeituras estão se reunindo para debater as possibilidades de celebração da festa de momo. Considerado um dos principais eventos do calendário nacional, corre o risco de não acontecer devido a pandemia da covid-19.
A realização do carnaval de 2022 é ainda algo incerto em grande parte do país. Mesmo com a ampliação do calendário de vacinação contra a covid-19, o evento parece inseguro segundo os infectologistas. Em Belo Horizonte a decisão deve ser tomada nos próximos dias, devendo impactar diretamente na economia.
Carnaval 2022 é um risco
Na última segunda-feira (22), houve uma reunião do Comitê de Enfrentamento à COVID-19 da capital, que recomendou que a prefeitura não patrocine o carnaval nem o ano-novo.
O motivo é claro, risco de uma nova onda de contágio pela doença. Os gestores informaram ainda que deverão desaconselhar a população a participar de eventos com grandes aglomerações.
Em nota técnica, foi dito que “por entender que, no momento, tais ações possam vir a ter consequências negativas importantes para a saúde do povo de Belo Horizonte“.
O texto traz uma série de motivos para justificar a decisão, inclusive a possibilidade de um novo período de intenso isolamento social que deverá afetar ainda mais a economia.
O que dizem os infectologistas
O médico infectologista Estevão Urbano, participante do Comitê de Enfrentamento à Pandemia de COVID-19, mencionou alguns dos riscos da festividade.
‘’O principal motivo é a possibilidade de pessoas contaminadas, não testadas, sem vacinação e não identificadas como tal – o que pode acontecer em eventos abertos – irem para a folia e transmitirem (a doença) para dezenas pessoas. E isso acontecendo de forma repetida pode causar uma explosão do número de casos na cidade. Cada capital deveria fazer a sua parte’’, disse ao Estado de Minas.
Impacto econômico
Para quem atua no setor de eventos, a decisão é recebida com negatividade. De acordo com o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte e Região Metropolitana (SindiHBares) já haviam ao menos 30% de reservas confirmadas na hotelaria.
“A gente recebe a notícia (da recomendação do Comitê) com muita tristeza e preocupação. Várias agências de viagens já tinham comercializado pacotes de reserva para o carnaval. As tarifas já estavam sendo divulgadas para os turistas durante os cinco dias previstos”, lamenta Paulo Pedrosa, presidente da entidade, em entrevista ao Estado de Minas.