Por que a América Latina é a região que mais sofre com a inflação?

Em todas as regiões do mundo, a inflação tem afetado as nações. No entanto, este problema tem impacto de forma mais intensa a América Latina. Entenda por que a América Latina é a região que mais sofre com a inflação, segundo análise pela Bloomberg.

Por que a América Latina é a região que mais sofre com a inflação?
Por que a América Latina é a região que mais sofre com a inflação? (Imagem: Montagem/FDR)

Neste ano, economistas consultados pela Bloomberg estimam que a América Latina tenha uma inflação média de 11,9%. Já em 2022, a projeção é de um índice médio de 10,4%. Estes números indicam que a região tem o ritmo mais rápido do planeta.

Em toda a região, este cenário vem sendo observado. No Brasil, os valores da carne de frango aumentaram 29% em outubro na comparação anual. No México, por sua vez, o gás de cozinha elevou 8,2% em relação ao mês passado.

Por que a América Latina é a região que mais sofre com a inflação?

Atualmente, a América Latina já passa por problemas, devido à pandemia de covid-19. Com a questão da inflação, as dificuldades se intensificam. A região passa pela pior crise econômica em dois séculos.

As nações do continente passam por um contexto de inflação acelerada e baixo crescimento. As moedas da América Latina estão entre as que mais sofrem com  as desvalorização, dificultando o consumo para habitantes do continente – uma vez que moedas como o dólar e o euro ganham poder de compra na comparação com essas.

Por que TUDO está tão caro no Brasil? Entenda de uma vez por todas o que é inflação!

Como resposta, os bancos centrais entraram em um ciclo de aperto monetário. Contudo, no momento, os efeitos são pequenos sobre as crescentes projeções de preços.

Os motivos que aumentam a inflação — como os custos mais altos das commodities e gargalos no transporte marítimo mundial — possivelmente, não serão eliminados com juros maiores.

Diante das rápidas elevações de preços nas últimas décadas, há uma estimativa que a situação se tornará ainda pior. À Bloomberg, o economista chefe para a América Latina do Morgan Stanley, André Loes, afirma que os choques de oferta são questões que podem ser combatidos com política monetária.

A elevação da inflação vem subindo a pressão sobre os governos locais para o controle de gastos — e cortar os déficits orçamentários. Ao mesmo passo, as populações da América Latina, como um todo, demandam mais apoio.

Silvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.
Sair da versão mobile