Após seis altas consecutivas, os brasileiros precisam usar cerca de 22% do salário mínimo para conseguir encher o tanque de 35 litros com gasolina. Se comparado com os países vizinhos, somos os que mais gastam com o combustível.
A comparação foi feita com outros sete países como: Estados Unidos, Reino Unido, Argentina, Bolívia, Colômbia, Chile e Equador.
Em todos, o valor máximo gasto pelo cidadão com gasolina é 11,5% do salário mínimo na Argentina e no Chile, ou seja, metade do gasto dos brasileiros. Já nos Estados Unidos, o gasto só chega a 2,9%.
Alta nos preços
Neste ano, a Petrobras realizou 15 mudanças no preço da gasolina nas refinarias, apenas quatro delas foram reduções no preço, as outras 11 foram de altas. Essa alta acumulada é de 74% para o derivado do petróleo.
Preço da gasolina nos estados
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o Rio de Janeiro tem a gasolina mais cara do país, os cariocas pagam em torno de R$ 7, 99 no litro da gasolina.
A segunda mais cara é no Distrito Federal, os moradores da capital pagam em torno de R$ 7, 21 no litro.
Os dados levam em consideração os preços em 47 postos pesquisados, entre 7 a 13 de novembro.
Com esse preço, os moradores de Brasília estão começando a rever seu orçamento e considerar outras alternativas de transporte.
Por que a gasolina está cara?
O Brasil realiza a importação do petróleo e paga o barril em dólar, hoje o preço da moeda norte-americana está acima de R$5,57, esse é um dos fatores que encarecem a gasolina.
Outro fato que deixa mais caro é a oferta e demanda, quando há uma oferta grande do produto o preço cai, mas se os consumidores precisam muito daquele produto o preço sobe.
Vale lembrar que recentemente a Petrobras anunciou que recebeu pedidos acima de sua capacidade de produção e cogitou risco de desabastecimento nos postos.
Abastecendo fora do país
Alguns brasileiros que moram na fronteira com a Argentina, estavam abastecendo os seus veículos no país vizinho.
A fila era tão extensa que os postos argentinos passaram a limitar o abastecimento de 15 litros por veículo estrangeiro, para que não sejam prejudicados e acabem ficando sem o combustível por conta da alta procura.