- Calendário de saques do auxílio emergencial termina amanhã, 19.
- Programa foi criado em 2020 e começou a ser pago em abril do ano passado;
- Benefício foi substituído pelo Auxílio Brasil.
Após mais de um ano amparando milhares de cidadãos brasileiros, 39 milhões apenas em 2021, o auxílio emergencial chega ao fim esta semana. Nesta sexta-feira, 19, é a última data de saque da sétima parcela do benefício, desta vez, para os nascidos em dezembro.
O auxílio emergencial foi criado em 2020 em meio à pandemia da Covid-19 com o propósito de promover um amparo financeiro para as famílias brasileiras em situação de vulnerabilidade social.
Na época, essa iniciativa foi de extrema importância, pois a crise sanitária afetou o mercado de trabalho e, por consequência, os postos de trabalho.
Enquanto milhares de trabalhadores tiveram a jornada de trabalho reduzida, logo a remuneração, outros tantos ficaram sem trabalho em virtude do desemprego em massa que assolou cerca de 14 milhões de brasileiros. Com a renda reduzida ou nenhuma, manter a subsistência própria ou da família ficou ainda mais difícil.
Para complicar ainda mais a situação, a pandemia da Covid-19 também agravou a crise econômica que o Brasil já enfrentava, afetando a inflação que impacta os preços praticados em produtos e serviços comercializados no âmbito nacional. Em outras palavras, tudo ficou mais caro.
Estes são alguns pontos que tornam o auxílio emergencial ainda mais relevante para a população brasileira, ainda que nem todos os cidadãos com direito ao benefício tenham o recebido.
Na fase inicial do programa, muitas famílias que viviam em condições precárias aproveitaram o recebimento dos valores para construir ou fazer melhorias em casas sem nenhuma infraestrutura. Outros priorizaram a comida na mesa e as contas em dia.
Independente da finalidade com a qual o auxílio emergencial foi utilizado em 2020 e 2021, os valores oferecidos pelo Governo Federal no decorrer dos últimos meses tiveram um impacto positivo.
Mas agora, o efeito já começou a ser revertido com o término do programa e a transição para o Auxílio Brasil, cuja capacidade de amparo é reduzida.
Auxílio Emergencial de 2020
A pandemia da Covid-19 chegou ao Brasil em meados de março de 2020 e, logo de cara, já causou impactos notórios e expressivos para a população. No mês seguinte, o Governo Federal começou a liberar os pagamentos do auxílio emergencial que seguiu até dezembro de 2020.
A princípio, o auxílio emergencial de 2020 pagou cinco parcelas de R$ 600 para a população geral e R$ 1.200 para as mães solteiras chefes de famílias monoparentais. De imediato o programa foi prorrogado até o mês de dezembro, mas com parcelas reduzidas a R$ 300 e R$ 600, respectivamente.
Auxílio Emergencial de 2021
Com o fim do auxílio emergencial em 2020, muitos brasileiros ficaram ansiosos e preocupados sobre a renovação do programa para este ano. Após uma espera que pareceu uma eternidade, o benefício voltou a ser pago também no mês de abril.
A princípio, a rodada atual tinha apenas quatro parcelas entre abril e julho, mas diante do clamor da população e de líderes partidários, a renovação mais três parcelas que se encerraram em outubro.
A particularidade na oferta do auxílio emergencial em 2021 se refere ao valor pago pelo governo. Melhor dizendo, valores. Isso porque, não foi fixada uma quantia única, e sim parcelas de R$ 150, R$ 250 e R$ 375. Cada valor foi concedido de acordo com o perfil dos beneficiários da seguinte forma:
- R$ 150 para quem mora sozinho;
- R$ 250 para os representantes de grupos familiares;
- R$ 375 para as mães solteiras chefes de famílias monoparentais.
Viabilização do auxílio emergencial
Em um primeiro momento, o auxílio emergencial foi liberado em saques diretos na Caixa Econômica Federal (CEF) ou em contas escolhidas e informadas pelos beneficiários no momento da inscrição, independente da instituição. Porém, diante das aglomerações provocadas pelos beneficiários, um novo formato foi encontrado pela instituição financeira.
Trata-se da plataforma Caixa Tem, que disponibiliza uma conta poupança social digital para os beneficiários do programa e, com o passar do tempo, passou a ser utilizada pelo governo para liberar outros benefícios como o seguro desemprego, o PIS/PASEP e o Bem.
No Caixa Tem, é possível fazer uma série de transações online, como recarga de celular, pagamento de boletos, uso do cartão de débito virtual e transferências e pagamentos via TED, DOC e PIX.