Ministério da Saúde muda intervalo para dose de reforço da vacina da Covid-19

De agora em diante, o intervalo para a dose de reforço da vacina da Covid-19 será de cinco meses, e não mais seis, para os idosos imunossuprimidos. Segundo informações do jornal O Globo, o anúncio oficial sobre essa mudança no calendário deve ser feito ainda hoje, 16, pelo Ministério da Saúde. 

3ª DOSE: Quem deve tomar? Tudo sobre a vacina de reforço contra COVID-19

A assessoria da pasta informou sobre a realização de alguns estudos recentes que indicam uma queda drástica na eficácia da vacina da Covid-19 com o passar do tempo.

De acordo com o professor de Medicina da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Julio Croda, em entrevista ao O Globo, a redução no intervalo da dose de reforço do imunizante para idosos é uma maneira de alavancar a proteção deste público. 

Este também é o grupo com a menor resposta à imunização contra a Covid-19 em virtude da imunossenescência programada. Ele declarou que todas as vacinas aplicadas no Brasil perdem a eficácia a partir de 120 dias, sobretudo, a CoronaVac. 

“Para a população geral, apesar da perda da proteção para doença sintomática, a vacina continua protegendo contra hospitalização e óbito. Não sabemos por quanto tempo (a proteção durará) nessa população”, reforçou. 

A redução no intervalo para a dose de reforço da vacina já foi implementada em estados como Minas Gerais, Natal, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No Espírito Santo o intervalo é de quatro meses, e no Guarujá ainda menor, dois meses. Destacando que tanto estados quanto municípios têm total autonomia para estabelecer os critérios do calendário de vacinação contra a Covid-19. 

Vale ressaltar que a alteração no calendário da dose de reforço da vacina da Covid-19 leva em consideração a disponibilização de doses. Com base na projeção feita pelo Ministério da Saúde, a projeção de entrega das vacinas indica 86,2 milhões de doses para novembro. Deste total 21,7 milhões se referem à AstraZeneca, 56,7 milhões à Pfizer e 7,7 milhões à Janssen.

A pasta também informou que o país deve receber 111,2 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 em dezembro. No mês que vem, serão 41,3 milhões da AstraZeneca, incluindo 5,1 milhões via Covax Facility, 17,9 milhões da Pfizer e 28,4 milhões da Janssen. 

Também existe a previsão de receber mais 23,5 milhões por meio de um consórcio global liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) até o final deste ano. Contudo, ainda não se sabe de qual laboratório a vacina provém.

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Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
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