Novo candidato na disputa eleitoral de 2022. Nessa quarta-feira (10), o ex-juiz federal e ex-ministro, Sérgio Moro, informou que acaba de se filiar ao Podemos. Em seu discurso, garantiu que irá se candidatar a presidência no próximo ano, defendendo o legado da lava jato e a criação de um auxílio social.
As eleições de 2022 acabaram de ganhar mais um candidato. Conhecido nacionalmente pela investigação lava jato, o ex-juiz Sérgio Moro irá se candidatar para a cadeira da presidência. Sua entrada ocorrerá por meio do partido Podemos, afirmando que irá trabalhar no combate a corrupção.
“Chega de corrupção, chega de mensalão, chega de petrolão, chega de rachadinha, chega de orçamento secreto. Chega de querer levar vantagem em tudo e enganar o povo brasileiro”, discursou Moro para um auditório com cerca de 700 pessoas.
Passado controverso
É válido ressaltar que durante toda a sua jornada enquanto chefe da lava jato, Moro afirmava que não tinha o menor interesse de entrar para a política. De acordo com ele, o cargo de presidente nunca tinha sido seu objetivo, mas agora resolveu assumir tal posicionamento.
“Esse não é um projeto pessoal de poder, mas sim um projeto de país. (…) Se, para tanto, for necessário assumir a liderança nesse projeto, meu nome sempre estará à disposição do povo brasileiro. Não fugirei dessa luta, embora saiba que será difícil.”
Defesa de um projeto social
Moro mencionou que além de combater a corrupção, deseja trabalhar para a consolidação de políticas públicas sociais eficazes. Em seu discurso, defendeu a manutenção de um auxílio social e afirmou que é preciso uma ação de força tarefa para erradicar a pobreza.
“Mesmo quando se quer uma coisa boa, como esse aumento do Auxílio-Brasil ou do Bolsa-Família, que são importantes para combater a pobreza, vem alguma coisa ruim junto, como o calote de dívidas, o furo no teto de gastos e o aumento de recursos para outras coisas que não são prioridades.”
Moro criticou também as bandeiras políticas levantadas por Bolsonaro, que prega “proteger a família brasileira” contra a violência, a desagregação e as drogas, e defendeu a valorização dos militares. “As Forças Armadas pertencem ao povo brasileiro, não ao governo.”