Ações contra o Enem 2021 têm aumento de 21% comparado a edição anterior

Exame desse ano nem foi aplicado e já bateu um recorde de ações judiciais contrarias a ele. O Enem 2021 vai acontecer após diversos problemas e em meio a uma crise no órgão responsável por sua aplicação.

Ações contra o Enem 2021 têm aumento de 21% comparado a edição anterior
Ações contra o Enem 2021 têm aumento de 21% comparado a edição anterior (Imagem: FDR)

Mesmo antes da aplicação das provas, o Exame Nacional do Ensino Médio de 2021 bateu o recorde de processos abertos na Justiça Federal.

Até então, o número já é 21% maior do que o total de ações registrada durante todo o ano passado contra a edição de 2020.

Ano passado, foram registradas 645 ações judiciais, neste ano até setembro já são 782 processos abertos.

O Distrito Federal foi quem mais registrou processo contra o Enem 2021 e de 2020 também, foram 334 no ano passado e 191, por enquanto, este ano.

Por outro lado, o estado de São Paulo registrou um aumento significativo no número de ações contra o exame, passando de 16 em 2020 para 155 ações até o momento nesse ano.

Problemas no Enem 2021

As provas dessa edição do exame serão aplicadas nos dias 21 e 28 de novembro e 9 e 16 de janeiro de 2022, mas os problemas com ela já começaram fazem meses.

Em junho desse ano, os estudantes foram surpreendidos com a recusa de diversos pedidos de isenção da taxa de participação; posteriormente, o STF determinou a reabertura do prazo para solicitação da isenção.

É exatamente por isso que temos duas datas de aplicação do exame, na primeira, em novembro, fará a prova quem se inscreveu até julho desse ano; enquanto que em janeiro serão os “novos inscritos” e os participantes do Enem PPL.

Mais recentemente, servidores do INEP, mais de 20 deles ligados ao Enem 2021, pediram demissão de seus cargos sob a justificativa de assédio moral dentro do órgão

O que está sendo investigado e as demissões ainda não foram publicadas no Diário Oficial da União.

Sobre as demissões, Danilo Dupas, presidente do INEP, negou qualquer atitude que constrangesse os funcionários do órgão.

Inclusive, afirmou desejar não falar sobre o assunto publicamente.

É uma questão interna que gostaria de tratar internamente, inicialmente, para buscar uma solução efetiva sem causar impacto negativo na sociedade”, afirmou Dupas em audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

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Jamille Novaes
Baiana, formada em Letras Vernáculas pela UESB, pós-graduada em Gestão da Educação pela Uninassau. Apaixonada por produção textual, já trabalhou como corretora de redação, professora de língua portuguesa e literatura. Atualmente se dedica ao FDR e a sua segunda graduação.