Na cidade de Porto Iguaçu na Argentina, as autoridades locais e os donos de postos de combustíveis, decidiram limitar em 15 litros, a quantidade máxima que consumidores estrangeiros podem adquirir de combustível por dia na cidade. Por conta dos aumentos consecutivos no preço da gasolina no Brasil, a quantidade de brasileiros que cruzam a fronteira para pagar mais barato cresceu.
O valor médio da gasolina na cidade é de R$3,15 o litro, metade do preço do Brasil.
A decisão foi tomada na última quarta, 3, e a finalidade é fazer com que os estrangeiros fiquem menos estimulados a se dirigir até a cidade argentina. O aumento na procura causou um desabastecimento em alguns postos do município que possui 80 mil habitantes.
“Estamos tentando aumentar a produção, mas lamentavelmente temos uma cota de abastecimento. Ou seja, não nos permitem mais do que uma certa quantidade de combustível, porque o preço está muito baixo, e o barril do petróleo subiu para 80 dólares e aqui mantemos a 60 dólares”, disse o representante da Câmara de Combustíveis de Missiones, Faruk Jalaf.
Na Argentina, o preço do combustível foi congelado pelo governo do presidente Alberto Fernández. Por aqui e no Paraguai, o valor varia segundo a cotação do petróleo no mercado internacional. No Brasil, o preço está ligado diretamente à variação cambial do real frente ao dólar.
Justificativa para aumentos no Brasil
Como justifica para o aumento nos preços dos combustíveis, foram colocados diversos motivos, em especial, o valor do petróleo e no dólar.
Desde 2016, o dólar e a cotação do petróleo vem sendo os maiores influenciadores no preço dos combustíveis no Brasil. Isto porque desde então, a Petrobras passou a praticar o Preço de Paridade Internacional (PPI), que se orienta pelas flutuações do mercado mundial.
Na composição do preço da gasolina entra também o custo do etanol, que deve ser adicionado obrigatoriamente na gasolina. Neste cálculo entram ainda os custos e o lucro das distribuidoras e revendedores, os impostos federais e estaduais.