iFood altera nomes dos pedidos com acusações à Lula e a favor de Bolsonaro

Maior plataforma de delivery do país é invadida. Nessa terça-feira (02), os usuários do iFood foram surpreendidos com a atualização nos nomes dos estabelecimentos. Quem tentou fazer algum pedido viu que os restaurantes apresentavam mensagens de cunho político em ameaça ao ex-presidente Lula e exaltação a Bolsonaro.

A alienação política brasileira vem alcançando espaços cada vez maiores. Após a remoção de anunciantes a favor de Bolsonaro, com mensagens de cunho racista que violam o código dos direitos humanos, o iFood foi invadido por hackers que exaltavam o presidente e ofendiam seu opositor, Lula.

A situação ocorreu na noite dessa terça-feira (02). Ao abrir o aplicativo, o nome dos restaurantes foi trocado por mensagens como “Lula Ladrão” ou “Bolsonaro 2022”. Além disso, haviam ainda informes contra a campanha de vacinação, como “Vacina Mata”.

iFood se pronuncia sobre

Em nota enviada para o portal UOL, o iFood explicou que 6% dos estabelecimentos cadastrados foram afetados, mas não se sabe ainda a origem do problema.

A empresa informou que está tomando as “medidas imediatas para sanar o problema e proteger os dados de restaurantes, consumidores e entregadores”. (Leia a nota abaixo).

“Em investigações preliminares, a empresa informa que não há qualquer indício de vazamento da base de dados pessoais cadastrados na plataforma, tampouco de dados de cartão de crédito.IFood”, em nota enviada ao UOL.

Após uma hora a marca anunciou que “o incidente foi causado por meio da conta de um funcionário de uma empresa prestadora de serviço de atendimento que tinha permissão para ajustar informações cadastrais dos restaurantes na plataforma, e que o fez de forma indevido”.

” O acesso da prestadora de serviço foi imediatamente interrompido, e os nomes dos restaurantes já estão sendo restabelecidos. É importante destacar que os meios de pagamento dos clientes estão seguros”, disse o IFood, em sua conta no Twitter.

Repercussão na internet

Diante do ocorrido, diversos prints com os nomes alterados passaram a circular na internet. Os usuários acusam a equipe e o eleitorado do atual presidente, Jair Bolsonaro, tendo em vista as mensagens ao seu favor e a concordância com seus atos.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.