No dia 21 de outubro, em uma transmissão em rede social, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que serão pagos R$400 mensais como forma de auxílio para cerca de 750 mil caminhoneiros por conta da alta do diesel.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o menor preço médio do litro do diesel é R$ 4,823 , no Rio Grande do Sul, já o maior é de R$ 6,208, encontrado no Acre.
Para encher um tanque de 400 litros, o caminhoneiro precisaria em média R$ 1.929,20 e no Acre, R$ 2.483,20.
O presidente não informou de onde sairão os recursos e nem a partir de quando ele será pago.
Em live na parte da noite, a informação do presidente foi que o valor, em 12 meses, somará R$ 3,6 bilhões.
“Deve ter outro aumento de combustível? Deve ter outro aumento de combustível. Não precisa ser mágico para descobrir isso aí. É só ver o preço do petróleo lá fora quanto tá o dólar aqui dentro. Então, começa a aumentar. Nós ainda dependemos de importação de diesel, em especial, em torno de 25%, e de gasolina também. Então, se não reajustar, falta. Então, a inflação é horrível? É péssima. Mas pior é o desabastecimento”, declarou.
Demissões
Quatro secretários do Ministério da Economia pediram demissão após realizarem manobras para “furar” o teto de gastos do governo para garantir recursos para pagar a ajuda de R$400 no próximo ano, o ano eleitoral, para os beneficiários do programa social Auxílio Brasil.
A Câmara aprovou a PEC dos Precatórios, fixou um limite para as despesas com os precatórios, ou seja, dívidas da União já reconhecidas pela Justiça.
Essa é uma das apostas do governo federal para viabilizar o Auxílio Brasil. A previsão é que, com a adiamento do pagamento de parte dos precatórios e uma alteração na forma de correção do teto de gastos, o governo libere pelo menos R$ 84 bilhões para financiar o programa no ano que vem.
Confederação dos trabalhadores
Por meio de nota a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) informou que “repudia” o que o presidente Jair Bolsonaro chamou de “auxílio-diesel” no valor de R$ 400.
“Ao invés de tratar a causa, quer tratar o efeito colateral dela. É preciso extirpar o mal dessa política errada da Petrobrás que começou no governo Temer e segue no governo Bolsonaro”, afirmou na nota Carlos Alberto Litti Dahmer, caminhoneiro autônomo e diretor da CNTLL.