Bolsonaro acusa inscritos no Bolsa Família ao dizer que eles “não sabem fazer quase nada”

Na última quarta-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou que os beneficiários do Bolsa Família não conseguem mais entrar no mercado de trabalho. Segundo ele, essas pessoas “não sabem fazer quase nada”.

Bolsonaro acusa inscritos no Bolsa Família ao dizer que eles "não sabem fazer quase nada"
Bolsonaro acusa inscritos no Bolsa Família ao dizer que eles “não sabem fazer quase nada” (Imagem: montagem/FDR)

A declaração do chefe do Executivo aconteceu durante entrevista à RedeTV! em Manaus (AM). Segundo Bolsonaro, os beneficiários do Bolsa Família não possuem condições de entrar no mercado de trabalho, já que não sabem fazer nada.

De acordo com ele, são 17 milhões de pessoas em situação de pobreza e pobreza extrema que receberão o Auxílio Brasil. Esses beneficiários não podem perder a ajuda financeira, já que não sabem viver de outra fonte.

Durante a declaração polêmica o presidente afirmou que a juventude não aprendeu nada durante os 14 anos de gestão do PT, tendo Fernando Haddad como ministro da Educação. Por isso, segundo ele “Com todo respeito, não sabem fazer quase nada”.

O presidente afirmou que há um grupo pressionando para acabar com o programa assistencial Bolsa Família. Porém, “Não tem como tirar o Bolsa Família do pessoal, como alguns querem”, declarou.

O Bolsa Família passará por ampliações a partir do próximo mês, após o fim do auxílio emergencial 2021. A ideia do governo é substituir o programa criado pelo ex-presidente Lula (PT) pelo Auxílio Brasil.

Além disso, o novo programa assistencial irá aumentar o número de beneficiário, que hoje é de 14,6 milhões para cerca de 17 milhões. Outra mudança anunciada é o aumento da média de pagamento, que atualmente é de R$ 192 para R$ 300 ou R$ 400.

Para arcar com as mudanças o governo espera a aprovação da Reforma do Imposto de Renda e da PEC dos Precatórios. Ambos os textos estão em tramitação no Congresso Nacional e, caso sejam aprovados, poderão abrir espaço no Orçamento Geral da União de 2022.

Porém, os textos estão tendo dificuldades em passar pelas comissões. Com isso, a equipe econômica do governo já prepara outra sugestão, caso as propostas não sejam aprovadas. A ideia é furar o teto de gastos para arcar com o Auxílio Brasil de R$ 400.

Para o pagamento deste ano, o governo aumentou, temporariamente, as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Com isso, será gerado um recurso de 1,62 bilhão, voltado apenas para o Auxílio Brasil de novembro e dezembro.

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Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.