Guedes garante que excesso de arrecadação em 2021 pagará o Auxílio Brasil

De acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o Brasil já conseguiu arrecadar R$ 300 bilhões a mais do que a quantia prevista para atender as despesas de 2021. Segundo ele, uma parcela desta quantia pode, tranquilamente, ser usada para custear o Auxílio Brasil, novo programa de transferência de renda que passará a vigorar a partir de novembro. 

Guedes garante que excesso de arrecadação em 2021 pagará o Auxílio Brasil
Guedes garante que excesso de arrecadação em 2021 pagará o Auxílio Brasil. (Imagem: FDR)

Guedes indica que esta seria uma maneira de suprir a parcela do valor que ficará fora do teto de gastos. Apesar disso, ele reconhece que esses R$ 300 bilhões em caixa não devem ser vistos como um motivo para continuar gastando.

Pelo contrário, é um sinal que mostra o empenho em amparar os menos favorecidos ampliando o protótipo de renda básica. 

Um levantamento oficial referente à arrecadação do país até o mês de setembro deve ser divulgado ainda esta semana. Mas o ministro da Economia adiantou que de toda forma, haveria um novo recorde, motivo pelo qual defendeu o uso de recursos para alavancar o Auxílio Brasil

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É preciso explicar que, para bancar as parcelas médias de R$ 400 para cada família beneficiária, será preciso ultrapassar o teto de gastos que provocou a desestruturação do Ministério da Economia.

O polêmico teto de gastos foi minimizado por Paulo Guedes, que justificou ser o único meio de atender ao pedido do presidente da República, Jair Bolsonaro, reconhecendo a amplitude deste desejo. 

“A verdade é que vai haver um gasto um pouco maior, estamos falando de R$ 30 e poucos bilhões. Para um país que arrecadou R$ 300 bilhões a mais do que o ano passado, R$ 30 bilhões são 10%”, ponderou Paulo Guedes.  

Hoje, a original e tradicional transferência de renda acontece por meio do Bolsa Família, cujo valor médio é de R$ 189. Portanto, nota-se que a quantia proposta para o Auxílio Brasil é o dobro da oferta atual. Mas vale lembrar que até o final deste mês, os bolsistas recebem o auxílio emergencial, em quantias que variam entre R$ 150, R$ 250 e R$ 375. 

Contudo, os últimos depósitos do auxílio emergencial serão efetuados nos dias 19 e 31 de outubro, para os beneficiários do Bolsa Família e o público geral, respectivamente.

Esta é a razão pela qual existe pressa em aprovar uma transferência de renda o quanto antes, pois logo em seguida a esses pagamentos, a população em situação de vulnerabilidade social ficará desamparada financeiramente em meio à pandemia.

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
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