Descubra qual valor do vale gás de cozinha que o governo deve adotar

Foi aprovada na Câmara dos Deputados uma proposta que criou o Vale Gás para que seja subsidiado o botijão de gás de cozinha para as famílias com baixa renda. O governo foi pressionado por conta da alta da inflação e a disparada dos preços dos combustíveis. O texto seguiu ao Senado para aprovação.

Descubra qual valor do vale gás de cozinha que o governo deve adotar
Descubra qual valor do vale gás de cozinha que o governo deve adotar (Imagem: Reprodução / G1)

A preocupação política é que essa alta no produto acabe prejudicando os mais pobres, fazendo com que isso afete a campanha de Jair Bolsonaro em 2022. 

A contribuição de R$300 milhões que foi anunciada pela Petrobras, para criar esse programa de subsídio do gás de cozinha para as famílias de baixa renda é levado como o primeiro passo nas ações governamentais para aliviar o preço dos combustíveis. 

Com esse programa que o governo quer desenvolver, abrangeria os beneficiários do Bolsa Família, que possuem 14,6 milhões de famílias. Essa proposta deve gerar um impacto de R$6 bilhões ao ano para o governo.

Valor do vale gás

O valor pago será de 50% do preço do botijão de gás de cozinha, sendo assim, se o preço for de R$120, o benefício será de R$60 reais.

Para quem será pago?

O benefício concedido a famílias de baixa renda que estão inscritas no Cadastro Único.

Neste, só podem se inscrever pessoas em situação de pobreza e extrema pobreza, com renda mensal de até meio salário mínimo ou renda mensal total de até três salários mínimos.

Por quanto tempo será pago?

O texto estabelece o pagamento de, no mínimo, dezoito meses. Sendo que os depósitos acontecerão a cada dois meses, isto é, bimestralmente. 

Preço acima

De acordo com a pesquisa Agência Nacional do Petróleo (ANP), cerca de 16 estados estão com o R$100, ou seja, quase 10% do salário mínimo que está no valor de R$1,1 mil. 

Desde o começo do ano, o preço do botijão subiu cerca de 31%, saindo de R$75,29 em 2020 para R$98,70, na semana passada.

Essas altas aconteceram por conta do aumento do petróleo no mercado internacional e pela alta do dólar.

Os aumentos que aconteceram têm pressionado a inflação, que já passa de 10% na taxa acumulada em 12 meses de acordo com o IPCA-15 de setembro.