A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), aprovou nesta terça-feira, 5, um requerimento que solicita ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informações sobre o planejamento da campanha de vacinação no Brasil no ano que vem. Queiroga terá 48 horas para se posicionar sobre o tema, além de justificar porque decidiu retirar a CoronaVac do esquema vacinal.
De autoria do senador Alessandro Vieira, o requerimento foi usado como uma carta na manga após a falta de consenso entre os membros da CPI da Covid-19 sobre o interesse ou não de ouvir novos depoimentos do ministro da Saúde.
O relator Renan Calheiros reafirmou que os parlamentares realmente não têm mais interesse em ouvir Queiroga, mas que a necessidade da situação se sobrepõe ao desejo deles, tendo em vista os inúmeros questionamentos que desejam fazer.
O vice-presidente da CPI, o senador Randolfe Rodrigues, explicou que a decisão sobre convocar o ministro pode ser alterada caso Queiroga não se pronuncie dentro do prazo de 48 horas, conforme estabelecido. No geral, as solicitações feitas pela comissão ao Ministério, são:
- Detalhamento do Plano Nacional de Imunização a ser executado no ano de 2022;
- Detalhamento do programa de acompanhamento epidemiológico, em substituição ao Epicov;
- Apontamento dos membros da equipe técnica responsável pelo acompanhamento do contexto da pandemia e pela formulação de políticas públicas;
- Descrição da atual composição da câmara técnica em imunização;
- Indicação do estoque e planejamento de vacinas relativos ao final de 2021,considerando-se a aplicação da terceira dose e a vacinação de adolescentes;
- Indicação das medidas que estão sendo tomadas para esclarecer as dúvidas da população acerca da vacinação;
- Justificativa para a descontinuidade do uso da CoronaVac em 2022, tal como anunciado.
Portanto, Queiroga tem até amanhã (7) para detalhar todo o plano de vacinação contra a Covid-19 em 2022. Além de justificar o motivo pelo qual resolveu não incluir a CoronaVac no esquema vacinal do próximo ano.
Sobre este último ponto ele chegou a comentar que o imunizante voltará a ser utilizado somente quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), apresentar um registro preciso sobre a eficácia da vacina.
Também será preciso informar qual é o estoque e o planejamento para uso das vacinas até o final deste ano, tendo em vista o aumento na demanda em virtude da aplicação da terceira dose da vacina, e a imunização de adolescentes.
A CPI da Covid-19 também solicitou que a pasta informe quais medidas estão sendo adotadas para promover o esclarecimento de dúvidas sobre o combate à pandemia para a população brasileira.
O senador, Rogério Carvalho, falou sobre a possibilidade de o Brasil enfrentar uma nova onda ainda mais forte da pandemia devido à mutação não atendida pelas vacinas disponíveis.
“Portanto, nós precisamos ter um diálogo e é preciso que o Ministério da Saúde possa se manifestar a respeito disso”, completou.