Senado passa a criticar decisão do governo para implementação do Auxílio Brasil. Nessa semana, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente da casa se pronunciou sobre a proposta de reformar o imposto de renda nacional. A medida tinha sido apresentada pela equipe econômica como alternativa para custear o novo Bolsa Família.
A implementação do Auxílio Brasil está cada vez mais difícil. Nessa semana, até mesmo os aliados de Bolsonaro, como o senador Rodrigo Pacheco, passou a criticar a proposta de reformar o imposto de renda para levantar recursos destinado ao novo projeto. De acordo com ele, um novo modelo de tributação não deveria ser a condição única da pauta social.
“Não podemos colocar no colo do Congresso Nacional essa responsabilidade de aprovar um projeto estruturante como condição para algum programa social, que é o que tem mais apelo social, mais apelo eleitoral, inclusive“, disse Pacheco durante evento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Quais são os entraves do Auxílio Brasil?
De modo geral, o governo federal não vem conseguindo encontrar alternativa para custear o novo Bolsa Família sem violar o teto de gastos imposto pelo Congresso.
Há semanas, o ministro Paulo Guedes, e o presidente Jair Bolsonaro, passaram a pressionar e culpabilizar os parlamentares pela possível não implementação da proposta.
Inicialmente a primeira mensalidade do abono seria concedida já em novembro, com o fim do auxílio emergencial. No entanto, sem valor suficiente no cofre da União não há uma nova previsão para a concessão.
Com isso, Bolsonaro passou a afirmar que pode manter o auxílio emergencial. Nesta semana, Guedes alegou também que não descarta a possibilidade de estender o atual projeto para beneficiar os brasileiros mais vulneráveis.
Reforma tributária
Para o presidente do Senado, a reforma tributária deve ser avaliada com cautela, não de forma rápida e despreparada para que o novo projeto seja criado. Ele afirma que já divergência entre setores empresariais e resistência de municípios, tornando assim o processo de adoção ainda mais delicado.
“Isso tudo dificulta a discussão, mas não podemos deixar de ter propósito“, afirmou Pacheco.