Governo toma atitude polêmica sobre quem tomou vacina da COVID-19 de marcas diferentes

Alguns estados e municípios brasileiros adotaram a prática de combinar marcas diferentes na aplicação da vacina da COVID-19. A intercambialidade tem gerado polêmicos debates sobre a segurança, validade e eficácia do esquema vacinal. 

Governo toma atitude polêmica sobre quem tomou vacina da COVID-19 de marcas diferentes
Governo toma atitude polêmica sobre quem tomou vacina da COVID-19 de marcas diferentes. (Imagem: Diário do Centro do Mundo)

Conforme a nota técnica nº 6, de 2021, do Ministério da Saúde, no geral, a vacina da COVID-19 não é intercambiável. Em outras palavras, os brasileiros devem concluir o cronograma de vacinação com a mesma marca do imunizante utilizado na primeira dose. 

A exceção está ligada à eventual falta da marca de vacina da COVID-19 necessária para receber a segunda dose. Somente neste caso fica autorizada a aplicação de um imunizante diferente.

Lembrando que neste caso, será necessário respeitar o intervalo estipulado pelo laboratório do primeiro imunizante.

3ª DOSE: Quem deve tomar? Tudo sobre a vacina de reforço contra COVID-19

Devido à não recomendação explícita sobre a combinação entre marcas diferentes da vacina da COVID-19, o Governo Federal tem dificultado a emissão do comprovante de vacinação dessas pessoas por meio da plataforma do Conecte SUS.

Nos últimos dias foram diversos os relatos de brasileiros que não conseguem adquirir o documento. 

O motivo sobre esta decisão não foi explicado, porém entende-se que é uma maneira indireta de estimular a recomendação de se imunizar somente com vacinas iguais.

É importante lembrar que o comprovante de vacinação tem se tornado um documento essencial, após várias cidades por todo o país adotarem medidas preventivas que requerem a sua apresentação.

Em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e tantas outras, o comprovante de vacinação passou a ser exigido para permitir a entrada de cidadãos locais e turistas em ambientes de uso comum.

O documento que se popularizou pelo nome de passaporte da vacina, teve sua atuação inicial para possibilitar viagens de brasileiros ao exterior. 

Teoricamente, o comprovante de vacinação pode ser emitido por quem tomou a vacina da COVID-19 da Pfizer e da AstraZeneca. Mas na prática não é bem assim que acontece.

Em justificativa, a pasta federal reforçou que o comprovante de vacinação cedido pelo Conecte SUS é voltado para os brasileiros que concluíram o esquema vacinal com as duas doses ou a dose única da vacina da COVID-19.

No entanto, “para quem concluiu o esquema vacinal com doses de vacinas diferentes (intercambialidade das vacinas covid-19) não é permitido a emissão do certificado de vacinação”, disse o Ministério da Saúde.

É o caso da economista Katia Freitas, de 42 anos, que recebeu a vacina heteróloga na primeira e na segunda dose, as quais já foram lançadas no Conecte SUS. O problema é que, embora o certificado apareça como ‘disponível’ ela não consegue emiti-lo.

A mulher recebeu a primeira dose da AstraZeneca e a segunda dose da Pfizer. Essa combinação tem sido adotada em várias localidades do país devido ao baixo estoque da AstraZeneca. Mas mesmo diante da escassez do imunizante, não há sensibilização por parte do Governo Federal. 

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Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
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