Conforme afirmado pelo governador do Estado de São Paulo, João Doria, cerca de 700 mil estudantes da rede de ensino público em situação de vulnerabilidade social terão direito à merenda extra. A iniciativa passou a vigorar nesta segunda-feira, 27, para alunos cujas famílias estão inscritas no Cadastro Único (CadÚnico).
Mas este não é o único requisito, para que o aluno em situação de vulnerabilidade social seja identificado no âmbito educacional, é preciso que também estejam cadastrados no sistema da Secretaria de Educação.
A merenda extra será concedida tanto aos alunos do período diurno quanto noturno, através de uma merenda nas dependências da escola e um kit alimentação para levar para casa.
João Doria declarou que, “Esta é mais uma medida do Governo do Estado para proteger os alunos vulneráveis da rede pública estadual de ensino. Há duas semanas, anunciamos o Programa de Combate à Evasão Escolar, destinando R$ 1 mil para que 300 mil estudantes carentes para que continuem frequentando as aulas”.
A iniciativa contou com um investimento na margem de R$ 424 milhões, e está vinculada à política de alimentação suplementar inserida pela Secretaria de Educação logo no início da pandemia da Covid-19, quando as aulas presenciais foram suspensas.
Foi nesta época que começou a medida dos kits alimentação, uma merenda extra em substituição à tradicional merenda escolar concedida nos intervalos das aulas.
De acordo com o secretário de Educação, Rossieli Soares, o estado de São Paulo foi o primeiro a implementar alternativas auxiliares para a população em situação de vulnerabilidade social. Agora, as tratativas se fortalecem através do programa suplementar da merenda extra.
Apesar da distribuição já ter começado, os estudantes interessados ainda podem se inscrever por meio da Secretaria Escolar Digital (SED) pelo site: sed.educacao.sp.gov/saiba-como-acessar.
A merenda extra é distribuída da seguinte forma:
- Estudantes do período diurno nas escolas regulares terão direito a duas refeições diariamente: uma na escola e a outra que poderá ser levada para casa;
- Estudantes do período noturno nas escolas regulares além da merenda servida na escola, será fornecido kit alimentação;
- Estudantes em escolas de ensino integral em adição à refeição diária, os dois lanches já servidos ganharão reforço.
Desde meados de março de 2020, época em que a pandemia da Covid-19 chegou ao Brasil, a Secretaria de Educação de São Paulo adotou medidas auxiliares para amparar as famílias carentes de estudantes matriculados na rede estadual de ensino.
As investidas se intensificaram durante o período em que as aulas presenciais permaneceram suspensas. Somente no programa Merenda em Casa, o Governo do Estado de São Paulo pagou um total de R$ 395,6 milhões divididos em 10 parcelas de R$ 55 mensais a 770 mil alunos, ou seja, 22% da rede escolar.
Outros R$ 106,6 milhões foram investidos no incremento do cardápio alimentar. Itens como carne pronta para o consumo, mistura em pó de preparo de bebida láctea, torta salgada e bolos não fazem mais parte dos cardápios das escolas de SP desde 2020.