Auxílio emergencial não deve ser mantido em 2022. Nas últimas semanas, o governo federal vem sendo pressionado para anunciar quais as medidas sociais aplicadas a população de baixa renda. Mediante a possibilidade de implementação do Auxílio Brasil, o governo não deverá renovar o atual programa de transferência de renda, afetando os menos favorecidos.
Em coletiva de imprensa, o ministro da economia, Paulo Guedes, afirmou que não irá manter o auxílio emergencial em 2022. De acordo com o gestor, o abono já cumpriu seu objetivo e desse modo não será novamente renovado.
Isso significa dizer que mais de 35 milhões de brasileiros deixarão de ser contemplados com as mensalidades.
Como ficam os vulneráveis com o fim do auxílio emergencial?
A previsão do governo é de que o auxílio emergencial seja substituído pelo Auxílio Brasil. O novo projeto ocupará o espaço também do Bolsa Família, liberando parcelas de R$ 300 mensais para quem comprovar a situação de vulnerabilidade.
Apesar de parecer positiva, a proposta ainda deve ser detalhada e há uma série de questões que precisam ser solucionadas para que ela passe a funcionar. O governo tem que encontrar uma forma de custeio que não ultrapasse o teto de gastos, situação até o momento delicada e sem solução.
Guedes tinha sugerido inicialmente reajustes em impostos como o IOF, gerando novos lucros ao governo e assim aumentando sua folha orçamentária. Todavia, a medida ainda não foi validada e vem sendo criticada por parlamentares.
Em comparação com o atual Bolsa Família, o Auxílio Brasil passará a atender mais de 4 milhões de pessoas. O projeto da época do governo Lula contempla, nesse momento, cerca de 13 milhões de lares. Já a proposta de Bolsonaro deveria ser entrega a cerca de 17 milhões de pessoas, o que gera um custo considerável ao governo.
A previsão é de que enquanto a substituição dos programas não seja consolidada, os mais pobres permaneçam recebendo os abonos do BF e do auxílio, que será liberado até o fim de outubro. Já em novembro o governo espera conceder os primeiros abonos do novo projeto social.